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Entrada de Lula reduz espaço para o “centro”

A possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva disputar as eleições presidenciais de Outubro de 2022 cria uma polarização que está longe de ser política e deve transformar o próximo pleito numa votação com quase nenhum espaço para os candidatos identificados como de “centro”, sustenta o cientista político Carlos Melo.

29/03/2021  Última atualização 06H00
Antigo Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva © Fotografia por: DR
Para Carlos Melo, as próximas eleições devem ser marcadas pelo anti-bolsonarismo e terá mais chance de êxito quem se mostrar como essa opção.
Ao fazer uma "inflexão ao centro”, no seu primeiro discurso após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações na Lava-Jato, Lula transformou a "enorme avenida” que poderia ser percorrida por candidatos que se apresentam como centro do espectro político numa "picada no mato”, diz o professor do Insper.

"Quando você pensa em polarização, pode até pensar numa polarização de nomes, entre Lula e Bolsonaro, mas não numa polarização política”, diz Melo. "Lula tem sinalizado que aquele sujeito que deixou a cadeia, ressentido, falando mal de todo o mundo, desapareceu. Desapareceu por passe de mágica a partir da decisão de Fachin”, disse Carlos Melo.

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