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Escassez de vacinas pode atrapalhar contenção do Ébola

O director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) receia que não haja vacinas do Ébola suficientes para conter uma epidemia em larga escala, antevendo um cenário “dramático” se o surto na Guiné Conacri alastrar aos países vizinhos.

28/02/2021  Última atualização 13H47
Receia que não haja vacinas do Ébola © Fotografia por: DR
"Há uma grande preocupação por existir a possibilidade de este surto epidémico (na Guiné Conacri) alastrar novamente para países como a Serra Leoa e a Libéria, como aconteceu em 2014”, disse Filomeno Fortes.

Filomeno Fortes explicou que "a transição terrestre” entre estes países continua a ser "muito forte”, o que promove a circulação da doença. O médico angolano e especialista em doenças tropicais falava à agência Lusa depois de, em 14 de Fevereiro, ter sido declarado um novo surto de Ébola na Guiné-Conacri, o primeiro na África Ocidental desde a epidemia de 2014-2016 que matou mais de 11 mil pessoas nestes três países.

Na semana anterior, tinha sido declarado um 12º surto da doença na República Democrática do Congo. "Apesar de haver algum confinamento por causa da Covid-19, a informação que temos é que as autoridades sanitárias estão a perder o controle da situação”, disse.

O surto, que ocorreu na região de N'Zerekoré, no Sudeste da Guiné-Conacri, causou até ontem cinco mortes e há cerca de três centenas de pessoas estão em vigilância por suspeitas de terem contraído a doença.
A campanha de vacinação começou na terça-feira, tendo, segundo as autoridades de Saúde, sido vacinadas até ao momento pouco mais de duas centenas de pessoas.

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