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Estudo aponta resistência da variante sul-africana a vacina da Pfizer

Um estudo israelita divulgado hoje, (11), pela imprensa local revelou que a variante sul-africana do coronavírus é mais resistente do que a britânica à vacina da Pfizer/BioNtech, embora sem especificar o grau de resistência.

11/04/2021  Última atualização 14H39
© Fotografia por: DR
A investigação, que ainda não foi revista pelos pares e se baseou numa amostra de cerca de 800 pessoas, permitiu identificar que a percentagem de casos da estirpe sul-africana em comparação com a britânica era significativamente mais alta entre pessoas que tinham recebido ambas as doses da vacina face às que só tinham sido inoculadas com uma dose.
O estudo, realizado por investigadores da principal organização de saúde israelita, Clalit, juntamente com a Universidade de Telavive, identificou que entre os pacientes infectados ao fim de 14 dias de terem recebido a primeira dose da vacina, menos de 0,5 por cento tinham contraído a estirpe sul-africana do vírus.
Este número resultou quase idêntico ao ser analisado um grupo de controlo, composto pela mesmo número de pacientes, de idades semelhantes e que não tinha recebido a vacina.
O que despertou a atenção foi que entre as pessoas que tinham sido contagiadas com o coronavírus passadas duas semanas da administração da vacina, a percentagem de pacientes portadores da estirpe sul-africana foi de 5,4 por cento, enquanto no grupo de controlo de pessoas vacinadas o número foi de 0,7 por cento. 
"Isto significa que a variante sul-africana tem a capacidade, até certo ponto, de penetrar a protecção da vacina", sublinhou Adi Stern, professora da Escola de Biomedicina da Universidade de Telavive e uma das autoras do estudo.
Os investigadores apontaram, no entanto, que estes resultados não permitem precisar até que ponto a variante é resistente à vacina e enfatizaram que esta estirpe representa apenas um por cento dos casos em Israel, onde foi realizado o estudo.
"É certo que as pessoas que estão vacinadas estão menos protegidas contra a variante sul-africana, mas a pequena quantidade de casos desta estirpe no país demonstra que a vacina os protege", explicou à agência Efe Nadav Davidovitch, director da Escola de Saúde Pública da Universidade Ben Gurion e assessor do Governo na gestão da pandemia.
Segundo o especialista, apesar destes resultados serem significativos e deverem ser base para mais estudos, este estudo não contradiz as provas da Pfizer sobre a eficácia da vacina contra esta estirpe.

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