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Etiópia nega actos de “limpeza étnica”

O Governo etíope negou, ontem, as denúncias dos Estados Unidos sobre acções de “limpeza étnica” praticadas na região de Tigray, território assolado, desde Novembro, por um conflito que envolve alegados crimes de guerra e violações de direitos humanos.

15/03/2021  Última atualização 18H36
Primeiro-Ministro, Abiy Ahmed © Fotografia por: DR
"Nada durante ou após a principal operação de repressão em Tigray pode ser identificado ou definido, por quaisquer padrões, como limpeza étnica intencional contra alguém”, declarou o Ministério das Relações Externas da Etiópia em comunicado, citado pela agência noticiosa EFE.

O Governo do Primeiro-Ministro, Abiy Ahmed, rejeitou, assim, a recente posição pública do secretário de Estado norte-americano, Antony J. Blinken, que intervinha, na quarta-feira, no Comité de Relações Exteriores do Congresso dos Estados Unidos, que aludiu expressamente a actos de limpeza étnica cometidos em Tigray, ao analisar o conflito e pedindo a retirada das tropas.

"As alegações e acusações directas de limpeza étnica em Tigray feitas por Antony J.Blinken durante a  declaração perante o Comité de Relações Exteriores do Congresso  são um veredicto falso contra o Executivo  da Etiópia”, indica o comunicado governamental.

Addis Abeba acusa o responsável americano de "exagero” e sublinha que o Executivo etíope manifesta-se a favor de uma investigação completa sobre as alegadas atrocidades  em Tigray, que envolvem não apenas a Etiópia, mas também a vizinha Eritreia.
Apesar da resposta veemente” contida no comunicado, a Etiópia enfatizou, na mesma nota, a intenção de manter "relações bilaterais.

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