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EUA e Egipto reforçam plano de paz para o Médio Oriente

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, encontrou-se ontem com o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, reafirmando a vontade comum de preservar o cessar-fogo entre Israel e o movimento Hamas na Faixa de Gaza.

27/05/2021  Última atualização 06H00
secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken © Fotografia por: DR
Após ter estado reunido com as autoridades palestinianas, na terça-feira, e antes de partir para a Jordânia, ontem à tarde, Blinken falou durante cerca de 100 minutos com o Presidente do Egipto e na presença do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sameh Chouckri, e com o chefe dos Serviços de Informação, Abbas Kamel.

Ainda ontem de manhã, antes de partir para o Egipto, o chefe da diplomacia norte-americana encontrou-se com o Presidente israelita, Reuven Rivlin, a quem saudou de seguida, através da sua conta na rede social Twitter, pela forma como tem promovido "a coexistência, a tolerância e a paz”.

Num comunicado oficial, Blinken confirmou ontem que os Estados Unidos vão fornecer uma ajuda de mais de 360 milhões de dólares aos palestinianos, num sinal de cooperação com o esforço de recuperação da Faixa de Gaza, duramente atingida pelos bombardeamentos israelitas dos últimos 15 dias.
Blinken, contudo, garantiu que a ajuda não deve favorecer o movimento islâmico Hamas, "que só trouxe miséria e desespero a Gaza”.

O líder do Hamas, Yehiyeh Sinwar, já reagiu a este anúncio do secretário de Estado norte-americano dizendo que o seu movimento fica agradado com a notícia de ajuda humanitária internacional para a reconstrução do enclave palestiniano, desde que ela não venha de Israel.
Sinwar, que tem laços estreitos com o braço armado do movimento, disse que o Hamas recebe assistência militar de fontes externas, lideradas pelo arqui-inimigo de Israel, o Irão.

"Quando eu disse que não aceitamos dinheiro destinado à ajuda, é porque temos fontes de recursos confortáveis para pagar as nossas actividades”, explicou Sinwar, que criticou Blinken por tentar fortalecer a Autoridade Palestiniana à custa do Hamas.
A Autoridade Palestiniana, liderada pelo Presidente Mahmud Abbas da Fatah, governa sobre zonas limitadas da Cisjordânia e não tem controlo sobre Gaza, onde o Hamas ocupou o poder em 2007, iniciando uma cisão entre facções palestinianas que dura até hoje.

"Eles (norte-americanos) estão a tentar colocar mais lenha na fogueira da divisão palestiniana”, concluiu Sinwar. O secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, também esteve hoje em Israel, aproveitando o impulso da visita de Blinken.

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