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Ex-ministro da Economia anuncia a sua candidatura

O líder do Movimento Cidadãos Independentes (MCI) e ex-ministro da Economia, Júlio Silva, anunciou, ontem, a sua candidatura às eleições presidenciais de 18 de Julho em São Tomé e Príncipe.

19/04/2021  Última atualização 10H43
© Fotografia por: DR
"O meu objectivo principal é unir os são-tomenses", disse à Lusa o antigo militante da Acção Democrática Independente (ADI), que também exerceu várias funções na Administração Pública, entre as quais de director da Empresa de Água e Electricidade (Emae).
Júlio Silva fez a apresentação da sua candidatura na cidade de Angolares, capital do Distrito de Caué, 44 quilómetros a Sul da Ilha de São Tomé onde há cerca de três anos criou uma organização política, o Movimento de Cidadãos Independentes (MCI) que elegeu dois deputados.

"Outra coisa que eu de-fendo é que encaremos de uma vez por todas a questão da verdade e da reconciliação. Não podemos ter um país em que o facto de alguém pertencer a um partido político que não está no poder já constitui arma contra a sua sobrevivência", explicou.
Numa carta divulgada momentos antes do anúncio da candidatura, Júlio Silva diz que o seu desejo de concorrer às presidenciais foi "espontâneo, aberto e inclusivo, com uma marca de forte renovação da capacidade de diálogo inter-geracional".

"O país não pertence aos partidos políticos, o país pertence aos são-tomenses e as eleições são, sobretudo, para escolher quem dirige, quem governa e governar não significa que eu tenho posse e poder de fazer do país aquilo que eu quero", refere na missiva.
"Vamos apostar no diálogo e na união de todos os são-tomenses e protagonistas políticos, promovendo novas abordagens e estilos políticos, que permitam reaproximar os eleitos dos eleitores", acrescenta Júlio Silva.

O candidato garante que, caso seja eleito, vai acabar com as "assimetrias" no país, explicando que se, por um lado, há um desenvolvimento a grande velocidade no Distrito de Água Grande (capital), existem também "regiões no interior onde não há água, não energia e saneamento básico".
O MLSTP anunciou que apoiará a candidatura do antigo primeiro-ministro Guilherme Pósser da Costa, mas alguns militantes do partido já manifestaram a intenção de avançar com candidaturas independentes, nomeadamente a antiga Primeira-Ministra e candidata nas presidenciais de 2016 Maria das Neves, o antigo líder social-democrata Jorge Amado, a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros do actual Governo Elsa Pinto e o coronel na reserva Victor Monteiro.

O maior partido da oposição, Acção Democrática Independente (ADI) anunciou o seu apoio à candidatura de Carlos Vila Nova, antigo ministro das Obras Públicas do anterior Executivo, chefiado por Patrice Trovoada (2014-2018). O Presidente, Evaristo Carvalho, foi apoiado pela ADI em 2016 e está a terminar o primeiro mandato.

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