O caso remonta a 2019 e envolve a embarcação de resgate espanhola "Open Arms" que levava a bordo 147 migrantes e viu-se impedida de atracar em portos italianos durante 19 dias.
Salvini afirma que estava apenas a fazer o seu trabalho. "É por isso que não quero passar por sequestrador, não, essa ideia é ridícula. É preciso recordar que estamos a falar de uma embarcação espanhola que recolheu migrantes em águas da Líbia, em águas de Malta, recusou-se a atracar em Espanha por duas vezes e recusou o apoio da Marinha espanhola. Estamos a falar de quê exactamente?", defende-se Matteo Salvini, secretário-geral da Liga Norte.

Procuradores em Palermo acusaram Salvini de incumprimento do dever e de sequestro por ter mantido os migrantes ao largo da ilha italiana de Lampedusa durante vários dias em Agosto de 2019.
Durante o impasse, vários migrantes lançaram-se ao mar em desespero.

Finalmente, após 19 dias, os restantes 83 migrantes ainda a bordo foram autorizados a desembarcar na ilha de Lampedusa.
Um juíz na Sicília começou este sábado a avaliar as acusações apontadas ao antigo ministro italiano do Interior, Matteo Salvini.
As acusações remontam a 2019 e ao caso que envolveu a embarcação de resgate espanhola, Open Arms.

Durante quase três semanas, a embarcação que transportava a bordo migrantes resgatados no Mediterrâneo, incluindo menores, viu-se impedida de atracar em portos italianos.
Na semana passada, o Procurador encarregado de avaliar o caso recomendou o abandono do processo afirmando que Salvini estava a cumprir políticas governamentais