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Exército acusado de matar mais de 54 manifestantes

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos pediu ao Exército de Myanmar que pare de “assassinar e deter manifestantes”, contabilizando pelo menos 54 mortos 1.700 detidos desde o golpe militar de 1 de Fevereiro.

05/03/2021  Última atualização 08H35
Alta Comissária da ONU condena disparos contra civis © Fotografia por: DR
"É extremamente chocante que as forças de segurança estejam a disparar munições reais contra manifestantes pacíficos em todo o país”, disse Michelle Bachelet, em comunicado divulgado ontem.
"Também estou chocada com os ataques a equipas médicas de emergência e ambulâncias que tentam prestar assistência às pessoas feridas”, acrescentou.

"O Exército birmanês tem de parar de matar e prender manifestantes”, considerou a ex-Presidente chilena, cujo pai, Alberto Bachelet, morreu detido e torturado no seu país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas afirma ter corroborado informações de que pelo menos 54 pessoas foram mortas por polícias e militares desde o golpe militar de 1 de Fevereiro, mas alertou que o número real de mortos pode ser muito maior.

Desses 54 casos documentados, pelo menos 30 pessoas foram mortas na quarta-feira. Outra pessoa foi morta na terça-feira, 18 no domingo e cinco nos dias anteriores, segundo uma contagem da ONU.
Além disso, "informações credíveis indicam que centenas de pessoas ficaram feridas durante as manifestações”, indicou o Alto Comissariado, que sublinhou, no entanto, ser difícil estabelecer um número exacto.

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