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FMI sobe previsão para 5,5 por cento

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu ontem em alta a previsão de crescimento da economia mundial para este ano, subindo-a 0,3 pontos percentuais para 5,5 por cento, segundo a actualização das Previsões Económicas Mundiais.

27/01/2021  Última atualização 10H46
Fundo Monetário Internacional © Fotografia por: DR
"Dentro de uma incerteza excepcional, a economia mundial deverá crescer 5,5 por cento em 2021 e 4,2 em 2022. A previsão de 2021 é revista 0,3 pontos percentuais em alta, reflectindo expectativas de um fortalecimento da actividade, fomentado pela vacina, durante o ano e o apoio de política adicional em várias grandes economias".

O FMI assinala que a recuperação projectada para este ano se segue a um "colapso severo em 2020, que teve impactos adversos agudos nas mulheres, nos jovens, nos pobres, nos trabalhadores informais e naqueles que trabalham em sectores com contacto intensivo".

"A contracção do crescimento mundial para 2020 é estimada nos 3,5 por cento, 0,9 pontos percentuais acima do projectado nas anteriores previsões (reflectindo um ímpeto mais forte do que o esperado na segunda metade de 2020", lê-se no documento.
No entanto, em aspectos mais negativos, o FMI ressalva que "o aumento das infecções no final de 2020 (incluindo de novas variantes do vírus), confinamentos renovados, problemas logísticos com a distribuição das vacinas e a incerteza acerca da sua toma são contrapontos importantes às notícias favoráveis".

O FMI acredita também que "os maiores bancos centrais devem manter a política de taxas actual durante o horizonte de previsão até ao fim de 2022", mantendo as actuais condições financeiras nas economias avançadas e melhorando gradualmente naquelas em desenvolvimento. O FMI aponta também o preço das matérias-primas, com o preço do petróleo a "subir em 2021 acima dos 20 por cento a partir da baixa base de 2020", permanecendo "bem abaixo da média de 2019", o mesmo a acontecer com as matérias-primas que não o petróleo, como os metais.

O comércio mundial deverá subir 8 por cento em 2021, de acordo com a instituição liderada por Kristalina Georgieva, "antes de se moderar para 6 por cento em 2022", com destaque para os serviços acima dos volumes de transacção de mercadorias.
Já a inflação nas economias avançadas deverá ficar abaixo dos 1,5 por cento em 2021, mas acima dos 4 por cento nas economias em desenvolvimento, segundo o FMI.

Nos riscos à previsão hoje conhecida, pela positiva a instituição sediada em Washington aponta que "melhores notícias no fabrico das vacinas (incluindo as em desenvolvimento nas economias emergentes), na distribuição e na eficácia de terapias poderiam aumentar expectativas de um fim mais rápido para a pandemia do que o assumido".

Pela negativa, o crescimento poderá ser mais fraco "se o vírus (incluindo as novas variantes) se provar difícil de conter, se as infecções e mortes se acumularem de forma rápida antes das vacinas estarem largamente disponíveis.

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