Mundo

George Floyd: Alegações finais de julgamento começam hoje em Minneapolis

As alegações finais do julgamento do polícia acusado de assassinar o afro-americano George Floyd começaram esta segunda-feira, (19), depois de o juiz ter lembrado que cada uma das três acusações de homicídio serão avaliadas separadamente.

19/04/2021  Última atualização 17H57
Morte de George Floyd continua a gerar polémica nos EUA © Fotografia por: DR

Derek Chauvin é acusado de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio por negligência, por ter asfixiado Floyd até à morte, colocando um joelho sobre o seu pescoço durante cerca de nove minutos, quando o tentava deter, em Maio passado, em Minneapolis, EUA.

Os 14 jurados devem ouvir as alegações finais, cuja fase começou hoje, e depois não têm tempo limite para chegar a uma decisão, que deve ser sempre por consenso, podendo demorar vários dias ou várias semanas a acontecer.

As três acusações exigem que os jurados concluam que as acções de Chauvin foram "um factor causal substancial" na morte de Floyd e que o uso de força por parte do agente não foi "razoável e proporcional".

A acusação de homicídio em segundo grau exige ainda que os procuradores façam prova de que Chauvin quis deliberadamente prejudicar Floyd, mas que não pretendia matá-lo.

A acusação de homicídio em terceiro grau exige prova de que as acções de Chauvin foram "eminentemente perigosas" e sem olhar ao risco de perda de vida.

A acusação de homicídio por negligência exige que os jurados acreditem que o agente causou a morte de Floyd sem ser de forma consciente.

Cada uma das acusações pode levar a uma pena máxima diferente: 40 anos para homicídio em segundo grau; 25 anos para homicídio em terceiro grau; 10 anos para homicídio por negligência.

O juiz começou o dia das alegações finais instruindo os jurados sobre a revisão de diferentes tipos de provas e explicando a forma como deveriam avaliar cada tipo de acusação criminal.

O júri ira deliberar num tribunal cercado por barreiras de cimento armado e arame farpado, numa cidade cuja segurança foi reforçada com um forte dispositivo da Guarda Nacional, por causa da atenção mediática à volta deste caso que provocou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial.

 

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Mundo