Ondina Chiaca, responsável daquela instituição hospitalar, disse ao Jornal de Angola que as gravidezes precoces registadas na capital, Menongue,  indicam que a preocupação pode ser mais grave no interior da província, onde existem pais e encarregados de educação que permitem casamento das filhas a partir dos 14 ou menos anos de idade.
 Apelou ao Governo local, às escolas, igrejas, grupos juvenis,  pais e demais encarregados de educação a sensibilizarem as distintas comunidades da província, no sentido de se reduzir ou banir tais práticas.Ondina Chiaca referiu que os pais devem ter uma actuação mais participativa na educação sexual dos filhos, conversando com eles sobre a necessidade de se protegerem ou a denunciarem determinadas práticas nocivas contra a criança, sobretudo de doenças transmitidas sexualmente e dos danos que a gravidez precoce causa no desenvolvimento físico e emocional dos menores.
Partos realizados

A maternidade provincial realizou, no ano passado, 1.469 partos, dos quais resultaram 68  nados-mortos. Ondina Chiaca disse que as mortes se deveram a várias patologias contraídas pelas mães durante a gestação, com realce à malária, eclampsias, peritonites, placentas retidas e hemorragias. Referiu que, diariamente, são atendidas entre 50 á 60 mulheres grávidas, com uma média diária de oito á 10 partos. No mesmo período, o banco de urgência registou a afluência de 15.241 pacientes em consultas pré-natais, genecologia e planeamento familiar. Nesta última registou-se a adesão de 6.638 mulheres.