O documento explica ainda assim que no segundo semestre de 2019, as operações feitas com auto-financiamento em Angola permitiram o repatriamento de 34 milhões de dólares.
Para a administração do grupo, o impacto da desvalorização da moeda nas vendas foi a duplicar, pois o aumento nos preços dos produtos importados, continua a corroer a acessibilidade dos clientes, dado que o poder de compra não está a acompanhar a inflação.

"Embora os resultados dos períodos actuais, não incluam mais um ganho monetário líquido semelhante, esses resultados ainda reflectem o impacto da reversão dos ajustes da hiperinflação cumulativos reportados”, lê-se.

O relatório sustenta, por outra, que, além do impacto directo dos regulamentos de bloqueio e medida de restrições, por exemplo os horários de negociação e transporte de e para as lojas para funcionários e clientes, as operações dos supermercados fora da África do Sul, também foram afectadas pelo impacto negativo da Covid-19, provocando queda de preços, principalmente em Angola e na Zâmbia.
O grupo já anunciou o encerramento das suas operações na Nigéria devido o clima menos bom daquele mercado de grande importância para a Holding.


Resultados satisfatório
Apesar da desvalorização cambial nos mercados-chaves, o grupo conseguiu alcançar resultados satisfatórios.
Em Angola, a desvalorização cambial tem dificultado o crescimento do grupo, mas a administração está confiante que a disponibilidade de moeda estrangeira trará um melhor resultado.

O grupo fez vários ajustes no plano para contornar a actual crise cambial. Esses ajustes de hiperinflação cumulativos, incluídos no activo imobilizado e de direito de uso e no stocks, são baixados para a demonstração dos resultados abrangentes, com o respectivo efeito do imposto de renda diferido, de acordo com as políticas contabilísticas do Grupo.