Coronavírus

Higiene bucal previne a infecção pela Covid-19

Kílssia Ferreira

Jornalista

A estomatologista Catarina Matias recomendou, ontem, em Luanda, a higienização bucal de forma correcta e regular, por reduzir a probabilidade de o vírus da Covid-19 chegar às células pulmonares, principais alvos da doença.

24/04/2021  Última atualização 07H00
Recomendação de uma estomatologista © Fotografia por: DR
Estomatologista há sete anos, Catarina Matias alertou que a falta de higiene bucal pode agravar o estado de saúde de uma pessoa com Covid-19, por a boca ser uma das portas principais de entrada do vírus SARS-CoV-2.

"A higiene bucal de forma regular é sempre fundamental, especialmente no combate à Covid-19, já que pode reduzir a quantidade de vírus e, consequentemente, o risco de contágio”, acentuou a especialista em Estomatologia. A médica deu ênfase ao facto de medidas simples, como a escovação, o uso do fio dentário e o enxaguatório bucal, reduzirem a carga viral e serem capazes de remover bactérias e, também, o novo coronavírus. 

No entender da estomatologista, a pandemia da Covid-19 deve ser aproveitada para alertar a sociedade para a importância do reforço dos cuidados com a higiene bucal, porque "a boca é uma das principais vias de contaminação e, por esta razão, a sua higienização é essencial para reduzir a quantidade de vírus e, possivelmente, a sua disseminação”.

A estomatologista reconheceu que, por ser importante a saúde bucal no combate à Covid-19, é necessário que as pessoas que não têm o hábito de escovar os dentes depois de cada refeição mudem de atitude.  A médica lembrou que a falta de higienização bucal, principalmente no período nocturno, está na origem da produção da cárie dentária, formada através dos restos de comida que ficam entre os dentes.

Estomatologistas vulneráveis à doença
Os técnicos em saúde bucal estão entre os profissionais de saúde vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus, em função do ambiente e da proximidade física com os pacientes, alertou a estomatologista.

Fundamentando, Catarina Matias disse ser uma certeza que, no atendimento a um paciente, num consultório de saúde bucal, micropartículas, sólidas ou líquidas, ficam espalhadas pelo ambiente e flutuam por longo período de tempo, podendo, assim, ser uma fonte de contaminação pelo novo coronavírus.
 
A médica disse, por outro lado, que os hipertensos com higiene bucal precária têm maior probabilidade de contrair a Covid-19 por ser alto o risco de virem a ter uma baixa imunidade.   
A especialista em Estomatologia reafirmou que, além de causar mau hálito, cárie dentária e tártaros, o défice de higiene bucal pode afectar, também, os pulmões e o estômago, facilitando a contaminação pelo novo coronavírus.

"Às vezes, recebemos pacientes com dor de estômago que pensavam ser a má alimentação a causa do problema”, informou a médica, que disse haver também relação entre a falta de higiene bucal e a dor de estômago, em forma de pontada.

A médica lembrou, ainda, que as escovas de dentes devem ser trocadas de três em três meses e que não se deve acumular várias escovas num único copo, um cuidado que se deve ter no processo de prevenção de doenças dentárias.  Catarina Matias acrescentou que as escovas devem ser colocadas num lugar seguro e ao ar livre.

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