As makas de feitiçaria, reais ou imaginárias, entre os angolanos, acabam quase sempre da mesma forma nas comunidades urbanas e rurais: nunca debatidas, consideradas um “não assunto” e quase que tabú, realidade que não impede que um segmento significativo da população, no campo e na cidade, continue a rever-se em tais práticas e nos seus efeitos.
O anúncio feito pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, relacionado com a demolição, nos próximos dias, de três edifícios da cidade de Luanda é um indicador que deve ser analisado com bastante seriedade, considerando o perigo que o assunto representa, em latitude ampla.
O partido fascista Chega é o grande vencedor das eleições antecipadas ocorridas em Portugal como resultado do golpe de estado judicial de que o Partido Socialista foi vítima, com o beneplácito, no mínimo, do próprio presidente da República do referido país.
Um amigo perguntou-me, com ar preocupado, o que estávamos a fazer de errado. Na Educação, na Saúde, nos Transportes, no Comércio, enfim, nas Contas Públicas. Está difícil encontrar casos de sucesso. Ele tomara de exemplo outras realidades que ele conhece para estabelecer paralelos com a nossa realidade que ele também julga conhecer. Na verdade, o problema não está em nós, refiro-me a mim e ao meu amigo, mas no quadro todo, na forma como compreendemos a nossa própria realidade.
A implementação de estruturas tecnologias e inovação, tem sido cada vez mais decisivas para operacionalizar projectos de investimentos nos vários sectores da economia real e ajudam a materializar programas institucionais os serviços dos cidadãos.
– “Nos anos imediatos ao fim do longo e destruidor conflito armado, quando necessitávamos de recursos financeiros para a reconstrução do país, das suas infra-estruturas principais, altura em que encontrámos na China a mão solidária que se disponibilizou a abrir uma linha de financiamento de grande dimensão, com a qual foi dado o impulso principal na reconstrução de estradas, pontes, caminhos de ferro, portos e aeroportos, assim como na construção de raiz das nossas maiores infra-estruturas.”
Os medicamentos usados no país, desde os convencionais aos tradicionais, há muito que requerem processos mais rigorosos que antecedem à entrada em circulação no mercado, além do reforço da literacia em matéria de acesso e uso dos remédios em condições normais, quando unicamente prescritos.
Não faz muitos dias, ouvi duas senhoras-moças numa abrasada discussão. Os seus berros cobriam os cerca de 700 metros de lonjura da ponte pedonal suspensa, que liga o mercado dos Congoleses à estrada de Catete. Mesmo os que passavam lá em baixo ouviam a berraria.
Quando, nos idos de 1968, o padrinho de Kibela, um comerciante da Vila de Catete, anunciou que caso o afilhado terminasse o liceu teria a possibilidade de frequentar a Universidade em Portugal, toda a família rejubilou. Um autóctone, filho de camponês, na Universidade de Lisboa não podia ser notícia melhor. Um filho da terra havia de quebrar o ciclo: não seria camponês, pedreiro ou carpinteiro.
Se a historiografia literária é um campo do saber que se constrói em torno da acção dos sujeitos, instituições, obras e acontecimentos que formam um determinado sistema literário, a sua ontologia consiste nas respostas, descrições, definições, conceitos dos objectos e propriedades que estruturam esse tipo de sistema. Por conseguinte, a sua identidade ao longo do tempo justifica a necessidade que temos de operar com o conceito de tradição literária. A reflexão que aqui retomamos exige a clarificação do que, no contexto angolano, se deve entender por ontologia da tradição literária numa perspectiva de filosofia historiográfica