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Indulto do Presidente liberta 35 prisioneiros

Pelo menos 35 prisioneiros de consciência foram libertados nas últimas 24 horas, na Argélia, após um perdão concedido pelo Presidente Abdelmadjid Tebboune, anunciou, ontem, o Comité Nacional para a Libertação de Detidos(CNLD).

22/02/2021  Última atualização 08H00
© Fotografia por: DR
Na sexta-feira à noite, o ministério argelino da Justiça anunciou a libertação de 33 pessoas processadas por "actos relacionados com a utilização de redes sociais” e acrescentou que estava em curso procedimentos para outros detidos.
A libertação de prisioneiros teve lugar em várias regiões do país e acontecem na véspera do segundo aniversário da revolta popular de 22 de Fevereiro.

Abdelmadjid Tebboune decretou, na passada quinta-feira, uma série de medidas para responder à crise política que abala a Argélia, incluindo a libertação de cerca de 60 prisioneiros de consciência, um gesto de apaziguamento dirigido ao movimento de protesto popular.
De acordo com os últimos números da CNLD, encontravam-se até agora detidas 70 pessoas em ligação com o movimento de protesto popular, conhecido como Movimento dos Sorrisos ou Hirak.

Entre os prisioneiros de consciência libertados na sexta-feira encontravam-se o líder da oposição, Rachid Nekkaz, e o jornalista Khaled Drareni, que se tornou um símbolo da luta pela liberdade de imprensa.
"A minha luta pela liberdade de imprensa vai continuar”, disse Drareni à "TV5” em francês, da qual é o correspondente argelino, após a sua libertação.

A União Europeia considerou "excelente” a notícia da libertação dos detidos por indulto presidencial, "uma decisão que reconhece a importância da liberdade de expressão e do pluralismo no processo democrático”, escreveu na rede social Twitter o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Joseph Borrel.
A semana passada ficou marcada pela ocorrência de manifestações em várias províncias argelinas e circulam nas redes sociais apelos à manifestação, hoje, na capital, Argel, para assinalar o segundo aniversário do Hirak, que suspendeu as manifestações semanais em Março último por causa da epidemia do coronavírus.


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