A União Europeia e os países signatários do acordo nuclear com o Irão (China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) reúnem-se na terça-feira, em Viena, para preparar o regresso ao tratado por parte de Washington, que o abandonou unilateralmente em 2018.

Os Estados Unidos também participarão nas discussões entre os países actualmente signatários do acordo, em que se tentará um consenso sobre os termos das condições do regresso de Washington, mas Teerão já anunciou que não aceitará um encontro entre os seus representantes e a delegação norte-americana.

O porta-voz da diplomacia iraniana, Said Khatibzadeh, durante uma conferência de imprensa, também já disse que a reunião não será verdadeiramente para negociar os termos do acordo.

"A questão de saber se a reunião produzirá resultados ou não depende da capacidade de os europeus lembrarem os Estados Unidos dos seus compromissos e de estes cumprirem esses compromissos", disse o porta-voz.

A saída dos norte-americanos do acordo nuclear, em 2018, por determinação do então Presidente Donald Trump, alegando falta de cumprimentos por parte de Teerão, levou ao regresso de sanções económicas dos EUA.

O novo Presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu o regresso dos Estados Unidos ao acordo, mas colocou como condição que o Irão cumpra os seus compromissos, limitando o seu programa nuclear.

Por seu lado, o Irão já disse que apenas limitará o seu programa nuclear se os Estados Unidos retirarem as sanções entretanto aplicadas. "Basta-nos uma medida. E essa medida é o levantamento de todas as sanções dos EUA", repetiu hoje o porta-voz da diplomacia iraniana.