Cultura

Jomo Fortunato defende reorganização do Carnaval

O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, defendeu, em Luanda, a criação de um Plano Nacional de Reorganização do Carnaval, com o objectivo de encontrar soluções para se resolver os problemas estruturais da maior manifestação cultural do Povo angolano.

19/02/2021  Última atualização 12H55
© Fotografia por: DR
Em declarações à imprensa, no final do desfile central do Carnaval no formato live, da classe A, que este ano, realizou-se, no Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), e viu consagrar o grupo União 10 de Dezembro, disse que a iniciativa prevê a recuperação da tradição do Entrudo, adereços, funileiros, costureiros, percussionistas, angariar patrocinadores e a manutenção da própria característica da "Festa do Povo”.

Jomo Fortunato pretende um encontro inclusivo, incluindo a participação das delegações provinciais da Cultura e Turismo, agentes e promotores culturais, e as empresas públicas e pri-vadas.Referiu que a produção do Carnaval Live, tem outro impacto sonoro, estético e visual. Apesar de algumas dificuldades financeiras e organizativas, elogiou o desempenhos das agremiações carnavalescas, que permitiu alguns dos grupos estarem bem melhores organizados neste formato. 

Para o ministro, a "festa” foi agradável, original e inédita. "Espero que os que não tenham participado compreendam que o Carnaval live teve somente uma dimensão simbólica e não competitiva na sua essência”. Frisou que o live especial não pode ser comparado com o tradicional Entrudo realizado na Marginal da Praia do Bispo. 

Jomo Fortunato pretende igualmente potenciar financeiramente os grupos carnavalescos, por forma a dar-lhes dinamismo e mobilidade. "Não pretendia que a data passasse em branco, por isso, fui até às últimas consequência e os resultados foram positivos”, felicitou o engajamento de todos.

Descartou a ideia de que a realização do Carnaval no formato live, tenha sido um acto de "coragem”, por considerar ter conseguido reunir especialistas conhecedores da matéria, o que facilitou o processo da produção do evento, como é o caso, da participação na comissão organizativa do músico Santocas, o secretário-geral da Associação Provincial do Carnaval de Luanda (Aprocal), António de Oliveira "Delón”, e o próprio Manuel Sebastião (reformado), bem como a parte técnica da TPA.

Garantiu que teremos uma outra configuração do Carnaval pós Covid-19. Embora não tenha sido "formatado” nos meios académicos, destacou, a importância e dimensão cultural e criativa do malogrado Pedro Vidal. "Agora a ideia é encontrar maneira de continuar a manter a produção acústica do Carnaval, por forma a mantê-lo mais original, com sonoridades próprias, como forma de se evitar os playbacks”, concluiu o ministro Jomo Fortunato.


Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Cultura