Sociedade

Jornalismo investigativo precisa de ser melhorado

Vânia Inácio

Jornalista

O director-geral do Centro de Formação de Jornalismo (CEFOJOR) admitiu, ontem, em Luanda, que o exercício do jornalismo investigativo no país precisa de ser melhorado e desmistificado, porque dá a sensação de que só é matéria de investigação quando se está perante um caso de corrupção.

29/04/2021  Última atualização 12H55
© Fotografia por: José Cola | Edições Novembro
Icuma José Bamba, que interveio ontem numa formação para jornalistas, promovida pelo Cefojor, por vídeo-conferência, disse que  o jornalismo investigativo é uma necessidade num mercado competitivo do saber fazer jornalismo.Para o director do Cefojor, as poucas iniciativas relacionadas com o jornalismo investigativo, desenvolvidas até ao momento no país, estão mais voltadas à corrupção com o envolvimento de autoridades do Governo. Sublinhou que nas comunidades há problemas  como a vandalização dos meios públicos para comércio que devem ser trazidos para o domínio público.
O jornalista do Jornal de Angola António Eugénio considerou proveitosa a formação,  principalmente nessa fase em que se exige que o jornalista não se limite  a um trabalho imediatista, mas,  sim, a trabalhos de investigação aturada. Para o jornalista da Televisão Pública de Angola, Valdemiro de Sousa, é importante que os serviços de informação tenham especificidades que precisam estar alinhadas a esse segmento. "Com a acção formativa, os profissionais estarão mais munidos de ferramentas de cunho científico, para um melhor desempenho no seu dia-a-dia".O levantamento das definições de jornalismo investigativo e sua prática em Angola foram alvo de estudo na formação, que contou com a participação do formador e jornalista brasileiro Marco Chiaretti.  A formação reuniu, durante dois dias, jornalistas de vários órgãos de comunicação social.

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