"Deixo o Bloco Democrático mais forte, com maior ou menor dificuldade. Por isso, tem tudo para que seja poder, nas próximas eleições”, realçou o político, em entrevista exclusiva à Angop.
Justino Pinto de Andrade, que renunciou em 2020 ao cargo de presidente do BD, por considerar já ter "cumprido o seu papel na política”, disse ser necessário erguer-se uma sociedade integradora, onde se aceita a pluralidade democrática, de modo que os cidadãos com perspectiva positiva tenham o seu espaço.

Quanto à juventude, o também deputado à Assembleia Nacional referiu que deve ser vista na sua pluralidade, em que a maior atenção deve ser dada aos desempregados, sem habitação e estudo.  
Apelou ao Estado a aumentar mais recursos na Educação, para se inverter o actual quadro, que considera lastimável. Solicitou mais apoio aos camponeses, para que esses deixem de praticar apenas uma agricultura de subsistência.

Sobre a IV Convenção Nacional do Bloco Democrático, a realizar-se de 28 a 30 deste mês, em Luanda, Justino Pinto de Andrade disse estar-se numa grande dinâmica, em que os principais concorrentes estão a andar um pouco por todo o país à caça de votos, mas sempre na base da harmonia, sem necessidade de fazer recurso a ofensas.
O presidente cessante efectuou uma visita de dois dias ao Cuito, Bié, durante a qual teve um encontro com militantes do partido e visitou o hospital Walter Strangway.
Criado em 2010, o Bloco Democrático faz parte do conjunto de forças políticas que integram a CASA-CE.