Sociedade

Luanda longe de atender às necessidades de água

André Sibi

Jornalista

Luanda está muito aquém de atender às necessidades diárias de consumo de água, apesar do volume de investimentos em curso no sector.

10/03/2021  Última atualização 09H10
Estão em execução vários projectos para melhorar o abastecimento de água em Luanda © Fotografia por: DR
A informação foi tornada pública, ontem, pelo administrador executivo da EPAL - Empresa Provincial de Abastecimento de Água.
Manuel da Cruz, que falava à margem da visita que o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, e a governadora de Luanda, Joana Lina, efectuaram às principais infra-estruturas do sector das Águas, para avaliar o grau de execução das obras e impulsionar o abastecimento na capital do país, acrescentou que a província tem capacidade para produzir 690 mil metros cúbicos de água por dia, o equivalente a 40 por cento, quando as necessidades rondam os 1.300 metros cúbicos por dia.

Questionado sobre as zonas mais críticas, Manuel da Cruz apontou os municípios de Viana, Belas, Cacuaco e a Centralidade do Kilamba, que não dispõem de reservatórios.
Segundo o administrador executivo da EPAL, o desnível no abastecimento de água deve-se à velocidade de construção, tendo em conta que muitos munícipes de Luanda não respeitam as normas de urbanização e implementação de infra-estruturas.
As delegações chefiadas pelo ministro da Energia e Águas e pela  governadora de Luanda visitaram as Estações de Tratamento de Água do Candelabro (Kifangondo), Casseque (Calumbo), Kikuxi e Vila Flor, junto à Centralidade do Kilamba, para avaliar o grau de execução das obras que vão permitir o aumento da capacidade de produção de água para 210 mil metros cúbicos/dia, para atender mais de um milhão de habitantes, nas zonas do Cacuaco, Mulenvos de Baixo e Mulenvos de Cima, Marçal e Cazenga, contra os actuais 120 mil metros cúbicos de água/dia.

De acordo com Manuel da Cruz, a julgar pelo nível de execução da obra, avaliada em mais de 122 milhões de dólares, estima-se que estejam concluídas até Dezembro do corrente ano.
"O abastecimento de água em Luanda não é uma preocupação é um problema, daí a nossa visita, para se inverter o quadro”, disse a governadora Joana Lina. Prometeu, por outro lado, juntar sinergias com o Ministério da Energia e Águas no combate ao garimpo de água e na extensão do sistema de abastecimento.

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