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Lukashenko pede à Rússia reforço da defesa

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, pediu ontem ao líder russo, Vladimir Putin, para reforçar a defesa e a segurança comum depois de ambos terem acusado os Estados Unidos de planear um golpe na ex-República Soviética.

24/04/2021  Última atualização 06H05
Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko © Fotografia por: DR
"Há questões que estão na ordem do dia e que devemos fortalecer. Incluindo segurança e defesa na nossa união estatal”, disse Lukashenko no início da reunião. Lukashenko, no poder desde 1994, sublinhou que Moscovo e Minsk "vão traçar linhas que ninguém deverá cruzar e responderão com dignidade àqueles que não entendem que neste mundo louco é preciso manter a calma e viver em paz”.

Putin garantiu, entretanto, que a cooperação bilateral está a ser aprofundada no plano militar, mas, também, no campo da segurança e, "como vemos agora, também nos serviços de informação”.
Ambos os líderes discutiram, ontem, os alegados planos de golpe do Ocidente contra o regime da Bielorrússia, sendo que, Putin  já tinha avisado o Ocidente sobre as consequências de qualquer provocação que possa contrariar os interesses da Rússia, afirmando que, perante tal cenário, a resposta será "assimétrica, rápida e dura”.

O Presidente bielorrusso, que reprimiu os massivos protestos contra a fraude das eleições presidenciais de 2020, denunciou, na semana passada, uma alegada conspiração orquestrada pelos Estados Unidos para o assassinar a si e aos filhos.

Segundo informou na quarta-feira à noite, o KGB bielorrusso, a Justiça do país apresentou acusações formais contra quatro pessoas já detidas, uma das quais confessou. No discurso proferido na quarta-feira sobre o estado da nação, Putin criticou o Ocidente por manter silêncio sobre a alegada tentativa de assassinato político, que comparou às conspirações dos Estados Unidos contra o líder venezuelano Nicolás Maduro.

"A prática de organizar golpes, planos de assassinatos políticos já é demais. Foram ultrapassados todos os limites”, disse, acrescentando que o golpe incluía desligar o sistema de energia e comunicação de Minsk, acção que definiu como um "ciberataque massivo”.
A Casa Branca rejeitou a acusação e a Embaixadora dos EUA em Minsk, Julie Fisher, encontrou-se, esta semana, na Lituânia, com a líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tijanóvskaya.
Fisher foi aprovada, em Dezembro, pelo Senado, como nova embaixadora dos EUA para aquele país.

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