Sociedade

Mais de 30 mil cidadãos capacitados em todo o país

Augusto Cuteta

Jornalista

Um total de 31.978 técnicos foi colocado no mercado de trabalho, em todo o país, depois de terminar os cursos ministrados no Sistema Nacional de Formação Profissional (SNFP) do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, durante o ciclo formativo 2020/2021.

17/04/2021  Última atualização 10H00
A formação profissional é o caminho para que o país possa atingir um grande sucesso © Fotografia por: Eduardo Pedro | Edições Novembro
A directora-geral adjunta para a Formação Profissional, Edgarda Sacramento Neto, que apresentou os resultados do ciclo formativo 2020/2021, encerrado ontem, na Cidade do Kilamba, referiu que só a nível dos centros tutelados pelo Instituto Nacional de Formação Profissional (Inefop), no mesmo período, apesar dos embaraços causados pela pandemia da Covid-19, 25.204 foram capacitados. A directora-geral adjunta salientou que os centros de formação profissional privados, licenciados pelo Inefop, capacitaram um total de 8.608 pessoas, enquanto as instituições de outros organismos públicos, designadamente dos departamentos ministeriais, formaram 166 cidadãos. 

O SNFP é composto por 155 centros tutelados pelo Inefop, 866 de formação profissional privados licenciados para o exercício e prestação de serviços nos domínios da formação profissional e 35 outros pertencentes a organismos públicos (departamentos ministeriais). Neste sentido, até 2020, o SNFP totalizou 1.155 centros de formação profissional, dos quais 34 centros de formação profissional, 16 centros integrados de emprego e formação profissional, seis escolas rurais (Cidadela Jovens de Sucesso), 35 unidades móveis de formação profissional, 61 pavilhões de formação profissional e de artes e ofícios e 35 outros de formação de outros organismos. 

Só Luanda, a capital do país, no que diz respeito aos resultados do ciclo formativo 2020, contou com 705 centros de formação profissional, tendo essas instituições formado 11.282 cidadãos, de um total de 14.367 matriculados, realçou Edgarda Sacramento Neto. Ainda na capital do país, os centros de formação tutelados pelo Inefop, com destaque para o Cenfoc (Viana), Cinfotec (Rangel e Talatona) e o Centro Nacional de Formação de Formadores ministraram cursos no âmbito da modalidade da formação contínua, estando ainda algumas dessas actividades a decorrer. Neste caso, há o registo de formandos a frequentar os referidos cursos, num total de 126, dos quais 34 são do sexo feminino, realçou a directora-geral adjunta para a Formação Profissional. Desde 2013 até ao encerramento do ciclo formativo 2020, o SNFP capacitou um total de 349.332 cidadãos, dos quais 116.852 são pessoas do sexo feminino. 
"Caminho para o desenvolvimento” 

O secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro Filipe, que presidiu à cerimónia de encerramento do ciclo formativo 2020/2021, advertiu que "a formação profissional é o caminho para que o país possa atingir um grande sucesso e  o desenvolvimento económico e social”. 

Para Pedro Filipe, o Executivo tem vindo a fazer uma aposta muito séria e consistente a nível da formação profissional. Por isso, além de acções de construção de centros de formação profissional e relançamento das artes e ofícios no âmbito do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE) nas províncias do Bié, Namibe, Huambo e Cuanza-Norte. O secretário de Estado avançou, ainda, outros desafios, como o programa de requalificação de centros, no sentido de assegurarem respostas mais adequadas aos desafios da formação profissional, além da aposta na formação de formadores. 

"Devemos apostar forte no homem e na capacitação, com vista a melhorar a qualificação dos profissionais que formam outros profissionais”, realçou o responsável, para reiterar que o ministério de tutela vai continuar a criar condições para que os jovens possam ter um papel fundamental no empreendedorismo, auto-emprego e inovação. 

Apesar das dificuldades vividas por quase todos os sectores do país, Pedro Filipe considerou o ano 2020 como um período de muitos desafios, que serviu para demonstrar a capacidade de resiliência dos homens. "E, sem dúvidas, os números aqui apresentados a nível da formação profissional são suficientemente claros para nos convencerem disto”, asseverou.
Augusto Cuteta e Manuela Mateus  

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