Economia

Mais de metade do crédito solicitado foi concedido

Hélder Jeremias

Jornalista

Setecentos e quinze projectos do agronegócio, num universo de 1 300 solicitações apresentadas desde 2020, representa um indicador da viabilidade da meta estabelecida pelo Ministério da Economia e Planeamento (MEO) de dar cobertura a 1 514 até 2022.

24/04/2021  Última atualização 10H23
Projectos do agronegócio © Fotografia por: DR
A garantia foi dada, ontem, pelo secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, no final do 1º Treinamento Intensivo (Bootcamp) o Jovem e o Agronegócio, realizado na quinta-feira e ontem pelo MEP e o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O encontro, que juntou 56 jovens empreendedores das 18 províncias, serviu para aferir a criatividade dos produtores nacionais e as dificuldades que estes ainda enfrentam para materializar projectos, de modo a que o Executivo possa accionar os mecanismos necessários para consolidar as cadeias de valor no processo de produção.

Mário Caetano João reconhece que a maior parte dos bancos comerciais adopta o excesso de burocracia na habilitação dos empreendedores às linhas de financiamento, muito pelo facto do agronegócio não ter sido, até há pouco tempo, o principal produto na carteira de investimentos, razão pela qual o Executivo está a trabalhar com as instituições financeiras para encontrar outras fontes de recursos que possam ser colocados ao serviço da economia real.

Com vista a suprir a lacuna da banca comercial, o MEP, por via do INAPEM, encontrou algum apoio no vínculo com o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), instituição que tem disponível cinco produtos versados na componente financeira e na formação técnica, aconselhamento e acompanhamento, segundo frisou o secretário de Estado.

O Programa de Reconvenção da Economia Informal (PREI), sublinhou o secretário de Estado, também está a ter resultados animadores desde o seu lançamento, no início de 2020, tendo financiado 100 projectos de microcrédito, com reflexos na criação de um número considerável de postos de trabalho directos e indirectos, com destaque para o género feminino, deixando perspectivas de uma presença cada vez maior de contribuintes no sistema tributário.

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