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Maradona “foi abandonado à sua sorte” diz junta médica

O relatório de 70 páginas, elaborado por 20 peritos e ao qual o site 'infobae' teve acesso, diz que o antigo craque teve um “tratamento inadequado, deficiente e imprudente”.

02/05/2021  Última atualização 13H34
El Pibe recebeu tratamento inadequado antes de morrer © Fotografia por: DR
É também explicado que Maradona "começou a morrer pelo menos 12 horas antes” do momento em que foi encontrado sem vida na cama, tendo sofrido um "prolongado período de agonia”.

Os médicos que acompanhavam El Pibe dizem que o doente exigiu ter alta do hospital, depois de uma intervenção ao cérebro, e que quis regressar a sua casa, em Tigres. Mas os peritos consideram que Maradona "não estava no controlo das suas faculdades mentais” e, por isso, "não podia tomar decisões relativamente à sua saúde e cuidados médicos”.
Neste relatório é também explicado que os clínicos sabiam que essa saída precipitada do hospital "podia ser fatal”, mas que eles foram "indiferentes à situação e não mudaram a sua atitude relativamente à questão”. "Basicamente abandonaram o doente à sua sorte”.

É também relatado que a ambulância só foi chamada 12 horas depois dos órgãos de Maradona começarem a mostrar sinais de falência. "Maradona começou a morrer pelo menos 12 horas antes, o que significa que ele já estava a mostrar sinais inequívocos de agonia prolongada. Por isso, podemos concluir que o paciente não foi devidamente observado nesse período.”

Recorde-se que estão a ser investigados pela Justiça argentina a psiquiatra Agustina Cosachov, o neurocirurgião e clínico geral Leopoldo Luque e o psicólogo Carlos Díaz, além de um enfermeiro, uma enfermeira, uma médica coordenadora e um coordenador de enfermeiros. Todos suspeitos de negligenciarem os cuidados a Maradona. As penas na Argentina para abandono ou homicídio culposo variam entre cinco e 15 anos de prisão.

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