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Marcelo de Sousa vence eleição à primeira volta

A projecção da Universidade Católica emitida às 20h00 de ontem apontava para a reeleição à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa com a votação entre 57 e 62 por cento, enquanto em segundo e terceiro lugares apareciam Ana Gomes com 13 e 16 por cento e André Ventura com 9 e 12 por cento dos votos, respectivamente.

25/01/2021  Última atualização 09H56
Mais de dez milhóes de portugueses foram chamados às urnas para escolher Presidente © Fotografia por: DR
Nas posições posteriores seguiam  Marisa Matias com 3,5 e 5.5 por cento,  João Ferreira  igualmente com 3,5 e 5.5 por cento, Tiago Mayan Gonçalves com 3 e 5 por cento e Vitorino Silva com 2 e 4 por cento. Até às 19h00 locais (20h00 em Angola) já se previa uma abstenção entre 50 e os 55 por cento.
A projecção da SIC dava a Marcelo uma votação entre os 55,5 e os 60 por cento. Ana Gomes reunia 13,1 e os 17,1 por cento dos votos e André Ventura 10,1 e os 14,1 por cento, João Ferreira deve colher 3,3 a 6,3 por cento dos votos; Marisa Matias 2,4 a  5,4 por cento; Tiago Mayan  2,3 e 5,3 por cento e Vitorino Silva  1,3 e 3,3 por cento.

Já a previsão da TVI é que  Marcelo Rebelo obtenha entre 56,4 por cento e os 60,4 por cento e a Ana Gomes entre os 12,2 e os 16,22 por cento dos votos. André Ventura fica  em terceiro lugar com votação entre os 9,9 e os 13,9 por cento.  
Mais de 10 milhões de eleitores foram chamados às urnas para escolher entre os sete candidatos o Presidente da República.  
Nas anteriores presidenciais votaram 4,7 milhões de eleitores em 9,6 milhões de inscritos, que deram a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa, com 52 por cento de votos à primeira volta, contra Maria de Belém Roseira, Sampaio da Nóvoa, Edgar Silva, Marisa Matias, Vitorino Silva, Henrique Neto, Cândido Ferreira, Paulo Morais e Jorge Sequeira.

O número de eleitores nestas eleições aumentou exponencialmente face ao número registado nas presidenciais de 2016: cerca de 1,2 milhões de eleitores a mais. Em 2016 estavam registados 9. 741 377 eleitores e nestas estavam  registados 10. 865 010. O aumento registou-se, sobretudo, nos eleitores inscritos no estrangeiro. De 301 mil em 2016 passaram para 1,55 milhões (mais 1,3 milhões de eleitores).
Os novos eleitores registados no estrangeiro significaram 13,5 pontos percentuais de abstenção.
Já no território nacional, o número de eleitores registados diminuiu de 2016 para cá, passando de 9,43 milhões para 9,31 milhões (menos 124,9 mil).

O enorme aumento de eleitores registados no estrangeiro faz só por si a abstenção aumentar. Em 2016, a participação dos emigrantes portugueses nas eleições presidenciais foi de menos de cinco por cento (4,69 por cento). As mesas de voto, que este ano foram mais para evitar grandes concentrações de pessoas, abriram às 8h00 locais (7h00 em Angola) e encerram às 20h00 (19h00 em Angola).
No total, estavam inscritos nos cadernos eleitorais 10.865.010 eleitores à data de referência de 31 de Dezembro. Desses, mais de 133 mil votaram antecipadamente no passado domingo e quase 13 mil inscreveram-se para um regime extraordinário de recolha de votos que decorreu ao longo da semana, além dos 1,5 milhões recenseados no estrangeiro que começaram a votar no sábado.

Segundo as regras definidas pela Direcção-geral da Saúde para as eleições, para votar os eleitores tiveram de usar máscara e, preferencialmente, levar uma caneta, por uma questão sanitária e de higiene. Algumas câmaras municipais decidiram testar todos os elementos que estavam nas mesas de voto.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre), que aparecem por esta ordem no boletim.

Esta é a 10ª vez que os portugueses foram chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976. Desde 1976, foram Presidentes António Ramalho Eanes (1976-1986), Mário Soares (1986-1996), Jorge Sampaio (1996-2006) e Cavaco Silva (2006-2016).
O Chefe de Estado cessante, eleito em 2016, foi Marcelo Rebelo de Sousa, que se recandidatou ao cargo.

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