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Meio milhar de migrantes africanos resgatados do mar

Mais de meio milhar de migrantes africanos foram resgatados, sábado, do mar Mediterrâneo, retirados de barcos à deriva e levados por navios humanitários e pelas autoridades italianas para portos na Sicília e para a ilha de Lampedusa.

03/05/2021  Última atualização 12H22
Traficantes de seres humanos colocam em risco a vida de africanos que tentam chegar à Europa © Fotografia por: DR
Segundo a agência de notícias EFE, as autoridades costeiras italianas resgataram 532 pessoas, levadas para a ilha de Lampedusa, enquanto o Ocean Vicking, um navio operado pelo grupo humanitário SOS Mediterranée, levou para um porto na Sicília 236 pessoas.

Outro navio humanitário, o Sea-Watch 4, contabilizou, em várias operações, a recolha de 264 pessoas no mar Mediterrâneo, enquanto a televisão nacional italiana também reportou outro caso de um navio italiano que resgatou mais 49 migrantes. O Ocean Vicking tinha retirado os migrantes de barcos de borracha há quatro dias, incluindo 119 menores não acompanhados, que foram ontem conduzidos para o porto de Augusta, na Sicília.

Os ocupantes relataram ao SOS Mediterranee que foram forçados por traficantes na Líbia a embarcar nos pequenos barcos de borracha, empurrando-os para ondas altas. Vários grupos humanitários têm vindo a apelar à União Europeia para enviar navios militares com patrulhas especiais para o mar Mediterrâneo, face às centenas de milhares de migrantes que continuam a ser resgatados, muitos deles não elegíveis para asilo.

A Itália, por seu turno, tem vindo a formar e a equipar as autoridades costeiras na Líbia para dissuadir a actividade de traficantes de seres humanos. A UNICEF indicou que, desde Janeiro, pelo menos 350 pessoas, incluindo mulheres e crianças, afogaram-se ou estão dadas como desaparecidas.

De acordo com o Ministério italiano do Interior, 9 mil migrantes chegaram a Itália nos primeiros quatro meses deste ano.
Desde a semana passada, o continente africano tem sedeada em Addis Abeba uma estrutura centralizada que lhe permite concentrar dados para que possa gerir com maior amplitude o fenómeno de migração ilegal e ajudar a Europa a travar os principais fluxos.

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