Desporto

Militares puxam da vontade para recuperar o comando

Honorato Silva

Jornalista

Com golos dos defesas Paizo e Bobó, o 1º de Agosto derrotou ontem o Cuando Cubango FC, por 2-0, no Estádio Nacional 11 de Novembro, e reassumiu a liderança isolada do Girabola, 39 pontos, mercê da derrota do Sagrada Esperança, na véspera.

03/05/2021  Última atualização 13H37
Rubro e negros reassumem a liderança após triunfo por 2-0 sobre o Cuando Cubango © Fotografia por: António Soares | Edições Novembro ! Cabinda
Numa disputa desigual, quase de sentido único, não fosse a sonolência dos pupilos de Paulo Duarte nos 45 minutos iniciais, os rubro e negros despertaram a tempo de capitalizar o desperdício de pontos dos concorrentes no topo da tabela classificativa, nomeadamente os diamantíferos. Exigente no quesito entrega e qualidade do futebol praticado, o técnico português aproveitou o intervalo para tocar o ego aos jogadores, que regressaram dos balneários renovados na atitude.
 
 Preocupada em amealhar a melhor safra nas cinco primeiras jornadas do segundo turno do campeonato, além de recuperar o comando isolado, a equipa do Rio Seco criou um significativo avanço de seis pontos em relação aos tricolores, fosso que pode pesar na disputa a dois, caso os contendores consigam entrar num ciclo de estabilidade nos resultados e exibições. 

 Refeito da derrota caseira diante dos tetracampeões nacionais, o Interclube conseguiu evitar novo desaire, nos domínios do Wiliete de Benguela. Depois do avanço no marcador, ainda no início do jogo, os polícias permitiram a reviravolta, desaire apenas não consumado graças ao auto-golo da formação da terra das acácias, numa altura em que se adensam as dúvidas do costume quanto à capacidade do clube do Rocha Pinto discutir o título. O Recreativo da Caála venceu (1-0), na recepção ao Santa Rita de Cássia.  
 
Voltas trocadas no Tafe
O conforto criado na secretaria, por força da penalização aplicada ao Ferrovia do Huambo, alegadamente por má-qualificação de Vinguma, jogador proveniente do Wiliete, que continua a ser opção para o técnico Agostinho Tramagal, foi efémera para o Sagrada Esperança, face à derrota (0-1), sábado, na deslocação ao reduto do Sporting de Cabinda.
 A cotação dos diamantes dos lundas às ordens de Roque Sapiri registou uma queda abrupta, ante à recusa dos leões do Norte comandados por Daniel Mena Kuanzambi em pagar o preço justo, apesar de estarem a sair de um clima conturbado no plano administrativo, marcado pela perda do principal patrocinador, facto que forçou o adiamento, para quarta-feira, da disputa com o Desportivo da Huíla, referente à primeira jornada da segunda volta da prova.

 Superior no controlo da partida, a formação que viajou da cidade do Dundo pagou pela parcimónia na procura dos caminhos para visar a baliza do adversário. Nem Jó Paciência conseguiu ser suficientemente sereno no ataque à estrutura defensiva leonina, muito combativa no suporte da vantagem alcançada no período de menor discernimento dos diamantíferos, condenados a perder o comando isolado da tabela classificativa.
 
Sem chama fora de casa
No terceiro jogo consecutivo fora de casa no espaço de dez dias aproximadamente, o Petro de Luanda voltou a perder pontos, desta feita com o empate (1-1), na visita ao reduto do Recreativo do Libolo. A marcar passo na competição, os tricolores, orientados por Mateus Agostinho "Bondunha”, permitiram a fuga da concorrência, sobretudo dos arqui-rivais militares do Rio Seco, quando a equipa da vila de Calulo dá sinais de estar a ganhar músculo competitivo sob a liderança do português Paulo Torres. 

 À procura de calmaria no agitado mar de dificuldades financeiras, o Progresso Sambizanga superou a Baixa de Cassanje, por 4-2, na "quitanda” de golos montada no Estádio Municipal dos Coqueiros. Os representantes da província de Malanje, marinheiros de primeira viagem na fina-flor do futebol angolano, queixaram-se do trabalho da arbitragem, no final da partida.

De reclamações não foi tudo. O Ferrovia também assacou aos árbitros as culpas da derrota (2-3), em casa do Desportivo da Huíla, num desafio que teve o equilíbrio como a nota dominante do primeiro ao último minuto, muito por força do arrojo táctico dos treinadores, com a vantagem a pender para o lado de Mário Soares. O FC Bravos do Maquis empatou (1-1) com a Académica do Lobito.

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