O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, fez estas declarações, na segunda-feira, em Luanda, à margem da apresentação do vencedor do concurso internacional para a construção da Refianria do Soyo, no Zaire. De acordo com um industrial, embora haja, actualmente, a perspectiva segundo a qual a refinação deverá perder terreno nas estratégias dos países, o facto é que o principal consumidor de diesel, por exemplo, são as mineradoras e a actividade de camionagem.

Por esta razão, José Severino diz acreditar que se torna necessário mais investimentos na procura de petróleo bruto e o aumento da capacidade de transformação interna, até porque Angola é também, por força dos seus portos, um espaço de navegação internacional. Desde logo, disse, devemos somente incentivar que se respeite a conservação ambiental, sendo este o caminho que se tem verificado por parte do Governo.


Preços competitivos.
Segundo o industrial, o que vai contar para a competitividade da indústria nacional de refinação de combustíveis será o preço, uma vez que países importadores
do Irão e Líbia, por exemplo, sempre se apresentarão com uma oferta de crude também bastante atractiva. Contudo, reiterou, da parte do Governo não há impedimento para se continuar com as importações de ramas. A acrescer a isso, há ainda a liberalização da comercialização de derivados.

Indústria Petroquímica
José Severino disse que negociações com o Ministério, relativamente ao projecto da Refinaria do Lobito,  estão na base da reformulação que se efectuará àquela unidade portuária.
Entre os objectivos do acordo em que a AIA também se fez presente está a necessidade de a Refinaria do Lobito ter de comportar unidades para a produção de fertilizantes e acelerar-se assim a produção agrícola. Todo este movimento vai capitalizar o Conteúdo Lo-cal, que como fez questão de assumir o líder da AIA, é uma preocupação do Governo e parceiros.