Política

Ministério do Interior nega desaparecimento de cadáveres em Cafunfo

Armando Sapalo | Dundo

Jornalista

O Ministério do Interior desmentiu, neste domingo, informações sobre o desaparecimento dos cadáveres das vítimas do acto de rebelião armada de 30 de Janeiro, na vila mineira de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte, protagonizado pelo auto-denominado Protectorado Lunda-Cokwe.

07/02/2021  Última atualização 21H05
© Fotografia por: DR
Numa nota de esclarecimento, a Delegação Provincial do Ministério do Interior na Lunda-Norte informa ter tomado conhecimento de um vídeo, que circula nas redes sociais, onde são feitas acusações graves contra as autoridades relativamente aos acontecimentos do dia 30 de Janeiro. 

A Delegação Provincial do Ministério do Interior na Lunda-Norte considera que as  declarações do catequista André Candala, 62 anos de idade,  afecto à Igreja Católica, concedidas  à  Agência Lusa, sobre desaparecimento de cadáveres "são revestidas de calúnias e baseiam-se em informações colhidas de pessoas com fins inconfessos, cujo  propósito é denegrir as instituições do Estado". 

A nota informa que o referido catequista concedeu entrevista à Agência Lusa por indicação do bispo da Diocese do Dundo, D. Estanislau Chindecassi. Quanto à alegada detenção e agressão a André Candala por efectivos da Polícia Nacional, a Delegação do Ministério do Interior refere que "não condizem com a verdade como se faz crer." 

"O catequista em causa foi convidado pelas autoridades para aclarar informações  por si veiculadas e postas a circular nas redes sociais", lê-se na nota, que esclarece que André Candala não pertence ao auto-denominado Protectorado Lunda-Cokwe e que, à data da rebelião armada, não se encontrava no local dos acontecimentos. 

A Delegação Provincial do Ministério do Interior na Lunda-Norte assegura que a situação na vila mineira de Cafunfo é calma e que não existe nenhuma "caça ao homem e maus tratos à população, como se pretende ludibriar a opinião pública." 

A nota de esclarecimento termina apelando "à população a não aceitar rumores de pessoa singulares e de alguns órgãos de comunicação social, devendo aguardar pelos pronunciamentos das instituições de Estado vocacionadas para efeito, sempre que for  necessário".

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