Economia

Ministérios das Finanças e Transportes negociam pagamentos de obras em Cabinda

O secretário de Estado para a Aviação Civil anunciou, esta quinta-feira, em Cabinda, diligências junto do Ministério das Finanças para se encontrar soluções relativas ao pagamento das obras afectas ao pelouro dos Transportes em curso naquela província.

04/02/2021  Última atualização 20H55
Empreitadas elevam a capacidade da ponte cais de Cabinda absorver o fluxo de navios © Fotografia por: DR
Carlos Borges, que esteve nesta quinta-feira a cidade de Cabinda para avaliar o grau de execução das obras do pelouro dos Transportes inscritas na linha de crédito da China e parcialmente financiadas pelo Fundo Soberano de Angola (FSDEA), declarou que essas empreitadas já deviam estar concluídas.

O responsável referia-se ao atraso na conclusão do aeroporto, bem como na construção de um quebra-mar e dos terminais de passageiros, de carga e de águas profundas do Caio, onde o ritmo das obras desacelerou e impede o cumprimento de prazos contratuais.

"A nossa constatação é preocupante, por isso devemos ser claros e dizer a verdade. Temos datas para cumprir e temos que nos focar mais na execução das obras: não estamos satisfeitos com o grau de concretização dessas empreitadas”, declarou o secretário de Estado.

De acordo com Carlos Borges, o Ministério dos Transportes e o Governo Provincial de Cabinda estão a trabalhar na avaliação dos atrasos que se verificam na conclusão das obras, que considerou serem "essenciais para o relançamento da economia local”.

Anunciou o início de diligências para identificar "onde estão os problemas, a fim de serem solucionados” e para que as obras sejam entregues "a tempo e horas”, o que acontece depois de, já anteriormente, contactos com o FSDEA terem permitido retomar as obras do terminal de águas profundas do Porto de Cabinda, que já estão em curso.

Característica das obras

As obras de construção do quebra-mar visam conter a intensidade das marés altas na zona portuária, com vista a permitir maior segurança na atracagem e manobra de navios de passageiros e de carga. Depois da conclusão das obras, o terminal de passageiros e carga vai garantir melhores  condições de operação durante o embarque e desembarque de passageiros e ao fluxo de carga, tal como projectam os promotores.

Está, igualmente, a ser construída no terminal de passageiros e de carga uma rampa para a atracagem de catamarãs, com uma capacidade para 240 passageiros e nove contentores de 20 pés, incluindo viaturas ligeiras. As obras do terminal de águas profundas do Caio, iniciadas em 2015, visam pôr fim à  dependência que a província de Cabinda tem do Porto de Ponta Negra, República do Congo, e tornar a província numa zona franca.

O empreendimento vai ter um ancoradouro com 1 130 metros de comprimento, com a capacidade de atracagem de quatro navios em simultâneo e 16 metros de profundidade.  As obras de construção e ampliação do aeroporto, iniciadas em 2016, introduzem à infra-estrutura uma pista de três mil metros de comprimento, 45 metros de largura e 7 500 de bermas, permitindo receber aviões Boeing 777, além da instalação de um sistema sofisticado de navegação aérea e três caminhos de circulação de aeronaves, sendo duas saídas rápidas e uma normal.

O futuro aeroporto terá ainda uma área de estacionamento com capacidade para quatro aeronaves, sendo três do tipo Boeing 737, dois para serviços de embarque e desembarque por mangas e uma área para estacionar uma aeronave do tipo 777.

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