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Ministro etíope desdramatiza relatório

O ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Demeke Mekonnen Hassen, disse, ontem, numa reunião sobre direitos humanos, nas Nações Unidas, que o acesso humanitário à região de Tigray está a melhorar, mas que a segurança continua a ser “um trabalho em andamento”.

26/02/2021  Última atualização 12H55
Ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Demeke Mekonnen Hassen © Fotografia por: DR
"O retorno total à estabilidade é um trabalho em andamento. Mas não há dúvida de que a situação continua a melhorar, permitindo uma maior movimentação das operações humanitárias, excepto nalgumas áreas onde há disparos esporádicos das forças da oposição”, disse Demeke, citado pela Reuters.
O mesmo responsável sublinhou que a Etiópia leva muito a sério as suas responsabilidades para com todos os refugiados que precisam de ajuda. Um relatório das Nações Unidas, divulgado no início da semana, fez soar o alarme sobre uma "situação de desnutrição muito crítica” nalgumas zonas de Tigray.

O conflito na região eclodiu em Novembro passado, depois de forças leais ao partido que governa Tigray, a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), atacarem os acampamentos locais do Exército federal, matando soldados e apreendendo armas.
Em resposta, o Primeiro-Ministro Abiy Ahmed ordenou uma "operação de aplicação da lei para restaurar a ordem constitucional” após acusar a TPLF de travar uma rebelião contra Addis Abeba. A TPLF foi retirada do poder e mandados de prisão foram emitidos contra os líderes fugitivos da região.

A Etiópia nomeou, em Janeiro, um novo Governo para Tigray, mas que tem encontrado dificuldades para governar.
Os combates entre o Governo e as forças rebeldes persistiram, tornando quase impossível restaurar os serviços, provocando mais deslocamentos.

As agências humanitárias lamentaram a incapacidade de aceder a algumas partes da região, pois as reservas de alimentos para os deslocados e refugiados e medicamentos para hospitais estão a diminuir. A Amnistia Internacional acusou tanto o Governo como as tropas rebeldes de cometerem atrocidades.

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