Política

Ministro quer mais acção contra o crime na fronteira

Victor Mayala | Soyo

Jornalista

O ministro do Interior defendeu, ontem, no Soyo, Zaire, a necessidade dos órgãos adstritos ao sector intensificarem as acções de combate aos crimes transfronteiriços, com maior incidência no contrabando de combustíveis e a imigração ilegal.

08/05/2021  Última atualização 10H11
© Fotografia por: DR
Eugénio Laborinho, que falava à imprensa, minutos depois de ter lançado a primeira pedra para a construção, na zona de Kavuge, das instalações onde passarão a funcionar todos os órgãos afectos ao Ministério do Interior no município do Soyo, reconheceu que a fronteira entre Angola e a República Democrática do Congo é vulnerável, pelo que solicitou maior colaboração da população local, para que o combate àqueles crimes surtam os efeitos desejados.

"O contrabando de combustível ocorre no dia-a-dia. Por isso, a minha presença, aqui, no município do Soyo, é para deixar novas orientações e estratégias, de modo a combatermos esses crimes. Vamos ter que coordenar acções com o governo provincial e as forças de defesa e segurança”, defendeu.
O ministro notou, ainda, que o município do Soyo é polémico, tendo em conta os vários interesses existentes, aliados à complexidade do rio Zaire que tem mais de 100 ilhas, muitas delas habitadas apenas por cidadãos estrangeiros.

"Mesmo com as operações que temos estado a levar a cabo, vamos ter de recrudescer as acções e chamar a atenção que o combate à imigração ilegal vai continuar. Aqui só podem estar estrangeiros legais, não vamos permitir que haja ilegais a tirarem lugar aos nacionais”, defendeu.
No Soyo, Laborinho visitou o ciclo combinado de turbinas a gás, as obras de construção do terminal fluvial e marítimo e o posto fluvial de kimbumba. As condições neste último, não agradaram.

Em relação às futuras instalações do MININT no Soyo, a serem construídas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, informou que a iniciativa emanou do Titular do Poder Executivo, que quer ver os órgãos interligados.
 todos os órgãos do sector, para que possam estar cada vez mais próximos dos cidadãos.
A infra-estrutura, a ser construída numa área de mais de três mil metros quadrados, está orçada em 633,7 milhões de kwanzas, cujas obras devem ser concluídas em Fevereiro de 2022.

O governador do Zaire, Pedro Makita, que testemunhou o acto de lançamento da primeira pedra, pediu ao empreiteiro maior empenho, para que as obras possam terminar dentro do prazo estabelecido no contrato (10 meses).

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