A decisão foi tomada durante a 15ª reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, organizada por videoconferência, a partir de Cabo Verde, país que detém a presidência da comunidade.
O ministro das Relações Exteriores, Téte António, que liderou a delegação angolana, disse, no fim da reunião, que há um consenso entre os chefes das diplomacias da CPLP, razão pela qual o acordo de mobilidade comunitária foi recomendo para a sua aprovação na Cimeira de Luanda.

O acordo, esclareceu, vai facilitar a mobilidade das  pessoas e bens na CPLP, mas sublinhou que cada Estado-membro vai aplicá-lo de acordo com a sua realidade. "O denominador comum é a circulação de pessoas e bens", afirmou.

O Conselho de Ministros da CPLP analisou, também, a situação da Covid-19 na comunidade. Os ministros defendem o princípio da universalidade que permite o acesso de todas as pessoas às vacinas. Téte António disse não fazer sentido vacinar-se uma parte da humanidade e a outra ficar com a pandemia.

Referiu-se à uma constatação do Centro de Controlo da União Africana, em Adis Abeba, sobre a existência de proteccionismo no mercado mundial de aquisição das vacinas contra a Covid-19.
Os ministros da CPLP apresentaram condolências e solidariedade à Guiné Equatorial pelas explosões registadas na cidade de Bata. Durante a reunião, foi analisada a situação de integração deste país na CPLP.

Segundo Téte António, os ministros apreciaram, igualmente, à intenção de Moçambique e Brasil se candidatarem a membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 
Téte António sublinhou haver solidariedade dos Estados-membros da CPLP relativamente ao desejo manifestado pelas autoridades de Maputo e Brasília.

O ministro das Relações Exteriores informou, ainda, que, à margem da próxima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, vai-se realizar um fórum de empresários da comunidade. Na Cimeira, Angola vai assumir a presidente da CPLP.
 
Os Estados-membros da CPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Timor Leste, compreendendo mais de 10.700 quilómetros quadrados de terra.