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Moçambique analisa iniciativas de apoios

A ministra dos Negócios Estrangeiros moçambicana disse, ontem, que o país ainda vai decidir o tipo de apoio externo contra o "terrorismo", face à recomendação da África Austral de que será necessário um destacamento de militares da região.

24/05/2021  Última atualização 05H00
© Fotografia por: DR
"Nós dissemos que estávamos à espera de apoio, não dissemos qual apoio, que tipo de apoio", afirmou Verónica Macamo, em declarações aos jornalistas.
Macamo falava à margem da IV sessão do Comité Central (CC) da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, que realizado ontem na cidade da Matola, arredores de Maputo.

A chefe da diplomacia moçambicana avançou que, no momento oportuno, o Governo moçambicano vai especificar o tipo de ajuda que quer da comunidade internacional na luta contra os grupos armados que protagonizam ataques em Cabo Delgado.
"Nessa altura, vamos decidir qual vai ser exactamente o apoio a aceitar em função das propostas que recebermos", frisou.
Verónica Macamo sublinhou que a África Austral e o continente africano, no geral, precisam de adoptar uma estratégia forte contra o terrorismo para evitar o seu alastramento.

"É importante que o mundo todo esteja junto no combate a este grande mal, mas, particularmente, a África Austral, porque está com este problema", destacou.
Quem protagoniza ou defende o extremismo violento, prosseguiu, precisa de saber que não tem espaço na África Austral e em África, sendo confrontado com uma resposta robusta.

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana disse acreditar que o país vai "conhecer me-lhores dias", após esta fase de violência provocada por grupos armados que actuam no Norte do país.
O chefe de Estado moçambicano anunciou, ontem,  a realização, na próxima semana, de uma cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para o debate da violência "terrorista" na província de Cabo Delgado, enfatizando o imperativo do apoio internacional na luta contra a insurgência.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e 714.000 deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.

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