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Moçambique sem condições para acolher desalojados

A Organização Internacional das Migrações (OIM) alertou, ontem, para a situação de “congestionamento” de centros de acomodação que acolhem famílias desalojadas pelas intempéries em Moçambique

26/02/2021  Última atualização 12H52
Dez pessoas a partilhar o mesmo abrigo © Fotografia por: DR
"Em alguns centros de acomodação, como no Buzi, chega a haver dez pessoas a partilhar o mesmo abrigo”, lê-se num relatório da OIM a que a Lusa teve acesso.
No princípio do mês havia 34 mil pessoas hospedadas em 36 centros de alojamento temporário devido à falta de condições nas áreas de residência, depois da tempestade Chalane, no final de 2020, e do ciclone Eloise, em Janeiro. As áreas de acomodação "mostram congestionamento e falta de condições sanitárias”.

Os desastres naturais dos últimos meses afectaram profundamente o Centro e Sul de Moçambique, nas províncias de Sofala, Manica, parte Sul da Zambézia, Inhambane e Gaza.
De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), 440 mil pessoas foram afectadas e mais de 56 mil casas foram severamente danificadas ou destruídas.

A OIM lançou um apelo de 9,4 milhões de dólares para apoiar os desalojados até Setembro. Os objectivos passam por um "retorno seguro e digno” dos habitantes à medida que houver condições nos seus locais de origem ou atribuindo-lhes outras zonas de reassentamento.
Oito novos locais de reassentamento "foram identificados para famílias cujas condições de retorno não sejam adequados”, tendo em conta também a protecção contra futuras tempestades. "Com a estação das chuvas em pleno vigor e mais tempestades previstas, é preciso dar atenção urgente à necessidade de construir de forma resiliente face ao clima e estabelecer reassentamentos seguros, duráveis e adaptados”, conclui a OIM.

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