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Momade defende o envio de ex-militares da Renamo

Ossufo Momade, presidente da Renamo, principal partido da oposição, defendeu, ontem, o envio para a frente militar em Cabo Delgado de ex-guerrilheiros do braço armado do partido, que aderiram já ao processo de desmobilização em curso no país.

26/04/2021  Última atualização 08H03
© Fotografia por: DR
"Nós já entregámos uma lista de 362 elementos nossos, ‘rangers'”, como os descreveu Ossufo Momade, para reintegração nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas no âmbito do processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração (DDR) em curso, após a assinatura do acordo de paz de 2019.

 Estão lá, seria uma oportunidade de as autoridades os enquadrarem para fazer um trabalho em Cabo Delgado, reforçando o combate aos rebeldes armados que há três anos e meio atormentam o Norte do país”, disse citado pela Lusa.”Por que é que esses 362 não são enquadrados?”, questionou, reafirmando que os ex-combatentes podiam integrar os grupos de efectivos das FDS "que vão a Cabo Delgado”, mas em vez disso "estão lá nas bases” onde se aguarda o desfecho do processo de DDR, acrescentou, em declarações difundidas pelo canal de televisão STV.

Momade falava aos jornalistas em Nicoadala,  durante uma visita em que fez doação de alimentos a uma comunidade deslocada de Cabo Delgado. O mais recente ataque foi feito a 24 de Março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.
Até agora, mais de 2.600 guerrilheiros da Renamo largaram as armas, num processo que  vai abranger cinco mil membros.

"O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) está a ocorrer sem sobressaltos, na medida em que já atingiu mais de 2.600 elementos desmobilizados”, disse Ossufo Momade.
O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo assinaram um Acordo de Paz e Reconciliação em Agosto de 2019 que prevê, entre outros aspectos, o DDR do braço armado daquele partido, envolvendo cerca de cinco mil membros.


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