Para evitar a disputa da Taça Presidente, o conjunto angolano é obrigado a vencer o "sete” nacional nipónico para chegar à próxima eliminatória, e continuar a sonhar com a melhoria do 23º lugar da edição passada, co-organizada pela Alemanha e Dinamarca.  
Após as derrotas com o Qatar (25-30) e Croácia (20-28), a equipa orientada por José Pereira "Kidó” não pode pensar num outro resultado que não seja a vitória. 

Kidó e pupilos têm consciência da importância de que se reveste a partida com o Japão, para estar entre as três apuradas do agrupamento, bem como abandonar a "lanterna vermelha”.  
À semelhança das pretensões de Angola, o Japão focaliza, igualmente, os intentos na fase posterior da competição. Atendendo os objectivos dos contendores, adivinha-se um jogo intenso do primeiro ao último minuto, visto que ambas as selecções vêm de derrotas.

Depois de duas partidas de más memórias, por força dos tropeços com Qatar e Croácia, o seleccionador nacional espera vencer pela primeira vez à frente do corpo técnico.   
Para que tal aconteça, o combinado nacional tem de puxar dos galões, errar menos e concretizar as situações de ataque. Angola é muito forte na circulação da bola, mas acaba por pecar na finalização.  

Antes do jogo com a selecção asiática, o técnico José Pereira agendou, para esta manhã, um treino ligeiro num dos recintos adjacentes ao hotel onde o combinado angolano está instalado. Kidó incide os trabalhos na correcção dos erros cometidos na partida diante da Croácia, principalmente nas situações de ataque.  
Frente ao Japão, a Selecção Nacional deve entrar com Geovani Muachissengue à baliza, e a primeira linha formada por Edvaldo Ferreira, Manuel Nascimento e Adelino Pestana, sendo que na segunda linha podem actuar Cláudio Chicola, Adilson Maneco e Jaroslav Aguiar, num claro 3-3.


José Pereira "Kidó" espera vencer o desafio

Depois dos desaires com o Qatar e Croácia, o técnico José Pereira "Kidó” espera terminar a fase preliminar da prova com vitória diante do Japão, apesar de antever um  jogo bastante complicado.  
Em declarações ao Jornal de Angola, o seleccionador angolano diz que o desafio com o adversário desta tarde é uma espécie de final.” Não temos outra alternativa. Estamos obrigados a ganhar ao Japão. Vai ser, seguramente, um jogo de vida ou morte. A equipa vem de derrotas seguidas e não cabe na nossa cabeça perder o desafio”, prometeu o também treinador do Interclube. 

Do ponto de vista anímico e técnico, José Pereira garantiu que o grupo está pronto para o embate com a Selecção japonesa.” Após o jogo com a Croácia, fizemos um trabalho psicológico com os jogadores. Falámos da necessidade de vencermos o duelo de amanhã (hoje), porque será decisivo para passarmos para a outra fase. Estou convencido de que faremos um bom resultado. Os atletas estão mentalizados e sabem do grau de importância do encontro”, assegurou o timoneiro angolano.

Abordado sobre o oponente, Kidó referiu que "vamos jogar com uma equipa muito rápida. Tem jogadores que desequilibram. São fortes nos contra-ataques. Nunca viram a cara à luta. Portanto, iremos actuar diante de uma excelente selecção, onde temos de procurar errar menos”, disse, reconhecendo que a falta de jogos de controlo durante o estágio pré-competitivo, realizado na cidade do Lubango, começa a fazer-se sentir no grupo. " Se tivéssemos feito cinco a seis jogos de preparação, o desempenho seria outro. Mas, isso não serve apenas de pretexto. No desafio com a Croácia, a equipa esteve muito melhor, comparativamente ao jogo de estreia diante do Qatar”. 

Por banda do Japão, Todoroki Manabu, reconheceu que tem uma missão espinhosa frente à equipa angolana. "Vamos jogar com um adversário ferido. Ainda não ganhou e fará de tudo para vencer. Também queremos ir para a próxima fase, e ganhará o conjunto que estiver melhor no decorrer da partida”, disse o treinador em conferência de imprensa.

António de Brito | Alexandria