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Mundial/Andebol: Guerreiros tentam fugir das últimas posições

António de Brito

A Selecção Nacional sénior masculina de andebol encerra, hoje, a participação na 27ª edição do Campeonato do Mundo no Egipto, quando defrontar a congénere da Tunísia, às 17h00, no Pavilhão Hassan Moustafa Sports Hall, em desafio da terceira jornada do Grupo A, para as classificativas do 25º ao 32º lugar.

25/01/2021  Última atualização 11H16
Selecção Nacional procura somar primeira vitória na competição depois de quatro desaires © Fotografia por: DR
Na eventualidade de o "sete” nacional vencer a selecção tunisina fica entre o 27º  e o 28º lugar. Em caso de derrota baixa duas posições. A melhoria do 23º lugar da edição passada, disputada na Alemanha e Dinamarca, não passou de sonho. Na fase regular, o conjunto angolano estava inserido num agrupamento bastante acessível, com Croácia, Qatar e Japão. Nos confrontos com os asiáticos (Qatar e Japão), os comandados de José Pereira "Kidó” poderiam ter feito melhor, já que nos desafios anteriores triunfaram sobre os respectivos adversários. Em duas ocasiões, Angola venceu o Qatar, e ganhou ao Japão.  

A jogar com a calculadora não mão, Angola é obrigada a ganhar à Tunísia, seja qual for o resultado, para evitar os três últimos lugares. Para evitarem a zona vermelha, Kidó e pupilos estão proibidos de falhar, daí o redobrar de esforços para contornar o opositor. Se tivesse vencido, pleno menos um dos jogos da fase preliminar, o conjunto nacional não estaria nesta condição.


Em quatro participações em Campeonatos do Mundo, a equipa nacional nunca registou derrotas seguidas. Nesta edição consentiu três na fase regular com Qatar (25-30), Croácia (20-28) e Japão (29-30), e outra para as classificativas frente à RDC (30-31). Apesar de não ter obtido a vitória em campo, a Selecção Nacional venceu a similar de Cabo Verde por falta de comparência, em consequência da desistência do conjunto do arquipélago. Os Tubarões Azuis desistiram da prova, assolados por vários casos da Covid-19, que infectou seis dos 11 jogadores presentes na maior cimeira do andebol mundial.


Sendo assim, a equipa treinada por Kidó tem de abordar a partida com cautelas redobradas, para evitar o quinto deslize. Tal como Angola, a Tunísia também quer ganhar, pelo que se espera uma partida intensa do primeiro ao último minuto e de resultado imprevisível. Vai ser, seguramente, um hino ao andebol. Do ponto de vista morfológico, as duas selecções equiparam-se, embora os tunisinos levem vantagem nos jogos entre si . Um bom jogo em perspectiva. 


Frente ao conjunto árabe, o timoneiro dos guerreiros vai actuar com uma equipa combativa. Na baliza, Kidó vai apostar em Geovani Muachissengue. A primeira linha será formada por Jaroslav Aguiar, Edvaldo Ferreira e Manuel Nascimento, sendo que na segunda as opções recaem para Elias António, Cláudio Chicola e Adelino Pestana.

  Kidó antevê elevado grau de dificuldades

Na antevisão ao encontro diante da similar da Tunísia, o técnico José Pereira "Kidó” reconheceu que é um teste difícil, mas prometeu uma equipa diferente dos últimos quatro jogos, com a finalidade de encerrar a presença no Campeonato do Mundo com vitória.
Em declarações ao Jornal de Angola, o seleccionador angolano mostrou-se bastante confiante, após o trabalho psicológico realizado, bem como as correcções feitas na véspera do jogo, principalmente as situações de ataque, o elo mais fraco do combinado nacional. " É verdade. A finalização constitui a maior preocupação. Criámos várias situações, mas não conseguimos concretizar. Nos jogos disputados, se concretizássemos em golos as oportunidades criadas não estaríamos nesta condição. Portanto, temos uma partida difícil e decisiva, em que só a vitória interessa”, garantiu Kidó.

Quanto à selecção tunisina, o também técnico do Interclube adiantou que "vamos jogar com uma equipa bastante experiente, apesar de não estar a passar por um bom momento. Ainda assim é um adversário a respeitar. Conversei com os jogadores e prometeram dignificar a bandeira nacional, sobretudo neste desafio”, assegurou, acrescentando que o grupo está motivado para arrancar a primeira vitória no torneio.

"A convicção é forte e todos estão unidos à volta do principal objectivo: vencer a Tunísia para  evitar os três últimos lugares. Visionámos os jogos realizados pela Tunísia. Detectámos os pontos fortes e fracos do oponente. Com base na recolha feita, tenho a certeza de que iremos conseguir um resultado positivo”.
António de Brito | Cairo

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