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Myanmar: Guterres condena “o uso da força letal”

O Secretário-Geral das Nações Unidas condenou “o uso da força letal” em Myanmar, onde as forças de segurança abriram fogo no sábado sobre manifestantes matando duas pessoas.

21/02/2021  Última atualização 19H56
Os militares reforçaram efectivos nas ruas das principais cidades © Fotografia por: DR
"Condeno o uso de força letal em Myanmar”, escreveu António Guterres no Twitter. "O uso de força letal, intimidação e assédio contra manifestantes pacíficos é inaceitável”, continuou.
"Todos têm o direito a uma reunião pacífica. Apelo a todos os partidos para que respeitem os resultados das eleições e regressem ao Go-verno civil”, acrescentou António Guterres.
Pelo menos dois dos ma-nifestantes que se juntaram em Mandalay em protesto contra a Junta Militar morreram, ontem, após a Polícia ter disparado munições reais, informou a imprensa local.

A carga policial aconteceu um dia depois da morte de Mya Thwate Thwate Khaing, de 20 anos, baleada na cabeça no dia 9 deste mês durante um protesto contra o golpe de Estado em Myanmar, que se tornou a primeira vítima mortal desde o golpe de Estado no dia 1 de Fevereiro.
O golpe militar, ocorrido no dia 1 de Fevereiro, atingiu a frágil democracia de Myanmar, depois da vitória do partido de Aung Sang Suu Kyi nas eleições de Novembro de 2020.

Enquanto isso, o  Facebook removeu da sua plataforma a página principal do Exército por não cumprir os requisitos de não incitação à violência.
"De acordo com as nossas políticas globais, eliminámos a página Tatmadaw True News por repetidas viola-ções dos nossos padrões, que proíbem o incitamento à violência”, precisou um porta-voz do Facebook nu-ma declaração enviada à agência Efe. Esta decisão surge um dia depois de as forças de segurança terem disparado sobre manifestantes que protestavam contra a Junta Militar na segunda maior cidade.
Após esta carga policial em Mandalay, os protestos alargaram-se a todo o país.

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