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Não indicação de seleccionador preocupa o técnico Santos Raúl

Melo Clemente|Kigali

Jornalista

Santos Raúl, antigo treinador do Grupo Desportivo Interclube, está preocupado com a morosidade da direcção da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), em nomear o futuro director técnico do órgão reitor da modalidade no país, figura que encarregar-se-á de indicar o substituto do treinador norte-americano, Will Voigth, no comando dos hendeca-campeões africanos.

28/03/2021  Última atualização 10H00
Depois de assegurar presença no Afribasket cinco nacional vai procurar garantir presença nos Jogos Olímpicos © Fotografia por: Mota Ambrósio | Edições Novembro
Para o também comentarista para o basquetebol da Rádio Cinco, é inaceitável que volvidos quatro meses, desde a tomada de posse (27 de Novembro de 2020), a direcção da federação, liderada por José Monis da Silva, não tenha ainda indicado o nome do futuro director técnico, figura de suma importância para os desafios dos próximos quatros anos, que passa necessariamente, pela ascensão ao primeiro lugar do top africano.

De acordo com o antigo treinador da equipa adstrita à Polícia Nacional, a indicação tardia do substituto do técnico norte-americano, Will Voigth, poderá perigar as metas traçadas pela actual direcção da FAB, que passa, pela tentativa de alcançar a qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Japão, assim como, resgatar o título africano que foge há sensivelmente cinco anos.
"Temos que referenciar que não é bom de facto que até este momento não tenhamos na federação a indicação do director técnico. Portanto, a própria federação já sai condicionando a indicação do treinador, para os futuros compromissos, a depender desta figura. Penso que o dossier director técnico já devia ser concluído, a julgar pelos quatro meses de gestão que esta nova direcção da FAB já leva”.

Santos Raúl fez saber por outro lado, que é imperioso que José Monis da Silva e os seus colaboradores resolvam o mais rapidamente possível o "dossier director técnico”, para o normal funcionamento da própria federação.
"Acho que esta figura já deveria ser indicada há algum tempo, para melhor funcionamento da própria federação. Depois, que este director técnico seja investido de poderes, e tenha algum tempo para atacar alguns dossieres, fazer leituras sobre o que é o nosso basquetebol e, em função desta leitura indicar então o perfil do futuro seleccionador nacional que satisfaça o estado actual da modalidade”, finalizou o antigo treinador do Grupo Desportivo Interclube.

 Em Abril podemos ter seleccionador nacional
Em declarações recentes à comunicação social, José Monis da Silva, novo homem forte da FAB, havia assegurado que até a primeira quinzena de Abril o "dossier seleccionador nacional” estaria concluído.Entretanto, Nuno Teixeira, antigo treinador do Atlético Sport Aviação (ASA), e funcionário sénior da Federação Angolana de Basquetebol, tem desempenhado o papel de director técnico, apesar de não ter sido oficialmente indicado para o efeito, segundo apurou o Jornal de Angola, junto de uma fonte próxima do técnico bicampeão nacional pelos aviadores.

Depois do desenlace entre a então Comissão de Gestão da FAB e o técnico norte-americano, Will Voigth, os hendeca-campeões africanos foram representados na primeira e terceira janelas de qualificação ao Campeonato Africano das Nações, vulgo Afrobasket, prova a decorrer em Kigali, Rwanda, em Agosto do ano em curso, pela formação do Atlético Petróleos de Luanda, orientada tecnicamente pelo brasileiro José Neto.

Para além de Angola, estão apuradas para a fase final da trigésima edição do Afrobasket, prova a decorrer de 25 de Agosto a 5 de Setembro do ano em curso, as selecções do Senegal, Quénia, Tunísia, Repúplica Democrática do Congo, República Centro Africana (RCA), Costa do Marfim, Camarões, Guiné, Nigéria, Sudão do Sul, Mali, Egipto, Cabo Verde, Marrocos e Rwanda, este último como país anfitrião.

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