Economia

Negócios ascendem a 30 toneladas por dia

O mercado da Mabunda negoceia 30 toneladas de peixe por dia e tem um fluxo de mais de cinco mil clientes nesse mesmo período de tempo, segundo números do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), emitidos depois de uma visita realizada ao local por três secretários de Estado, para aferir os níveis da implementação do Programa de Reconversão da Economia Informal.

01/01/2021  Última atualização 13H15
Mercado Verde do Benfica também atrai a atenção para as questões de formalização © Fotografia por: DR
Os secretários de Estado para a Economia, para as Pescas e para a Família e Promoção da Mulher, Mário Caetano João, Esperança da Costa e Elsa Barber, respectivamente, visitaram, terça-feira, o mercado da Mabunda, no distrito urbano da Samba, onde se considera importante uma conjugação de esforços entre os diversos sectores que intervêm na operação do mercado, para a formalização da actividade económica.

A ideia subjacente ao Programa é a de que os rendimentos gerados naquela e em estruturas mercantis semelhantes possam circular no mercado financeiro para darem maior robustez à actividade que desenvolvem. "Há um grande potencial aqui. É preciso aproveitar melhor os operadores privados que trabalham aqui para dinamizarmos esta actividade”, frisou o secretário de Estado, defendendo um diálogo público-privado capaz de permitir a formalização de toda a actividade do mercado de peixe da Mabunda. 
Linhas de crédito

Na quarta-feira, o director nacional do Desenvolvimento do Comércio Rural prometeu apoio institucional à obtenção de linhas de financiamento a um processo de construção e expansão de mercados que se reflicta na inserção massiva de agentes comerciais no mercado formal.Joaquim Pipas declarou o apoio no final de uma visita ao Mercado Verde do Benfica, em Luanda, onde se inteirou da evolução do projecto que teve um orçamento de mais de seis milhões de kwanzas e permitiu que mais de 120 encontrassem oportunidades de negócio e o primeiro emprego.Vocacionado para a comercialização de produtos nacionais, com destaque para bens agrícolas, industriais e serviços de refrigeração, o Mercado Verde, erguido no início de 2020 nas antigas instalações do depósito de lixo do Quifica, ocupa uma área de cerca de 200 metros quadrados, com capacidade de gerar mais de 600 postos de trabalho directos, além do potencial de integrar considerável mão-de-obra nas operações auxiliares, como fornecimento e transporte de mercadorias.

Joaquim Pipas foi informado da existência de condições sanitárias e disponibilidade de energia eléctrica como uma das premissas para que o local seja concorrido, embora o actual momento da pandemia da Covid-19 esteja na base da desistência de considerável parte dos comerciantes que aderiram ao projecto, cujo arranque teve lugar em Janeiro de 2020.

O director disse, em declarações aos órgãos de comunicação social, que o Mercado Verde é digno de todo o apoio necessário, porque se enquadra na política económica do Executivo, assente na necessidade de inserir o maior número de comerciantes no mercado formal.

"O que podemos constatar é um indicador de que as iniciativas privadas podem desempenhar um papel significativo no programa do Governo de transição da informalidade para a formalidade, de modo que, este projecto, deve servir de exemplo para que iniciativas do género sejam implementadas em todo o território nacional, uma vez que permitem que o elevado fluxo financeiro que circula no comércio informal passe a beneficiar o nosso circuito económico”, disse.

Paulo Costa, que concebeu o projecto,  informou que o mercado está aberto a provedores de bens produzidos no país, sem o pagamento de qualquer imposto, uma vez que a Administração Municipal de Belas concedeu um período de graça sobre o pagamento de taxas.

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