Mas a divisão Covax, destinada a ajudar os países a prepararem-se para o lançamento de vacinas, recebeu apenas cerca de 600 milhões de dólares em contribuições, deixando uma lacuna de 7,3 biliões para este ano, e o Banco Mundial comprometeu-se apenas com 2 biliões de um pacote de financiamento de 12 biliões destinado a ajudar os países a comprar e distribuir vacinas e fortalecer os sistemas de saúde.

Cerca de 9 biliões de dólares foram doados à Covax para comprar vacinas, embora grandes compras por países ricos significa que a maioria das doses não estará disponível até ao final do ano.
No Uganda, as autoridades estão a fazer anúncios pedindo vacinas, mas os cartazes e outdoors que foram pilares de campanhas anteriores de imunização, incluindo para sarampo e poliomielite estão ausentes.

Fora da capital, Kampala, os idosos muitas vezes não têm transporte necessário para chegar aos locais de vacinação. Uma alta taxa de analfabetismo também significa que algumas pessoas lutam para ler o formulário de consentimento que precisam assinar, disseram as autoridades de saúde.

"Se tivermos acesso a mais dinheiro, poderemos acelerar o processo”, disse Vera Daves, ministra das Finanças de Angola, que usou menos de metade das doses que recebeu da Covax.
A OMS e outras agências estão adaptando as orientações à luz da escassez de oferta.

Num aviso publicado numa rede para profissionais internacionais de imunização no mês passado, a OMS sugeriu que os países dependentes da Covax devem se concentrar em vacinar o maior número de pessoas com a primeira dose, mesmo correndo o risco de atrasar uma segunda por mais do que as 12 semanas recomendadas. "Isso aumentaria substancialmente o número de mortes evitadas”, diz o aviso.

Mas a OMS afirma ainda que os níveis de anticorpos desencadeados pela vacina caem cerca de um terço em 90 dias após a primeira dose. Existem apenas dados limitados sobre o que acontece com a eficácia da vacina depois disso, diz a OMS.