Opinião

O Fundo Global e a verba concedida a Angola

Angola acaba de receber do Fundo Global de luta contra a malária, o VIH-Sida e a tuberculose mais de 80 milhões de dólares, o que representa um aumento de mais de 50 por cento, comparativamente à última verba dada ao nosso país para o combate àquelas doenças.

24/02/2021  Última atualização 07H40
O nosso país não tem recursos financeiros suficientes para fazer face a doenças diversas que afectam milhares de angolanos, entre as quais figuram a malária, o VIH-Sida e a tuberculose. O Fundo Global, uma organização internacional que tem como objectivo atrair e distribuir recursos adicionais para prevenir e tratar do VIH-Sida,  da malária e tuberculose, concedeu ao Estado angolano uma verba que pode contribuir imenso para mitigar os problemas que temos ao nível do tratamento das referidas doenças.

 Numa altura em que o Estado angolano tem de enfrentar, a exemplo de outros países do mundo, a pandemia da Covid-19, a verba atribuída ao nosso país pelo Fundo Global para tratar de outras doenças, que são causas de morte de muitos angolanos, constitui uma contribuição significativa à luta contra aquelas patologias.
 Importa agora que os dinheiros concedidos pelo Fundo Global sejam bem geridos, para se evitarem situações menos boas que ocorreram no passado. O dinheiro que nos foi dado pelo Fundo Global deve ser efectivo e eficientemente utilizado para tratar os doentes angolanos com malária, VIH-Sida e tuberculose.

Acreditamos que com os novos tempos, em que há maior rigor na gestão dos dinheiros públicos, a verba que nos foi concedida pelo Fundo Global vai beneficiar realmente os que dela precisam.
 O Fundo Global, ao conceder os 82. 6 milhões de dólares a Angola para tratamento da malária, do VIH-Sida e da tuberculose, está confiante na boa utilização desse dinheiro pelas autoridades angolanas e é um sinal de que a comunidade internacional acredita na capacidade do Governo angolano de realizar programas em prol de todos os que estão afectados por aquelas doenças.

 Sílvia Lutucuta, ministra da Saúde, assinalou que "recebemos a comunicação de que tinha sido aprovada esta alocação ( 82.6 milhões de dólares), que superou as expectativas. ". Sílvia Lutucuta disse, a propósito, que essa alocação era "sinal de que há uma confiança do Fundo Global em Angola e no Governo angolano".
Os financiadores do Fundo Global( nomeadamente os Estados Unidos, França, Japão, Alemanha e Reino Unido) vão estar certamente atentos à forma como nós, angolanos, vamos gastar o dinheiro que nos foi concedido, cabendo-nos estar à altura da confiança que nos foi depositada.

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