Sociedade

Obras na estrada da Camama retomam quatro anos depois

As obras de conclusão de cerca de um quilómetro de passeio na estrada da Camama, no sentido Via-Expressa “Fidel de Castro” a avenida Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, iniciaram, esta semana, depois de quatro anos de paralisação.

12/02/2021  Última atualização 09H00
© Fotografia por: Joao Gomes| Edições Novembro
O Jornal de Angola publicou, no dia 16 do mês passado, uma reportagem que dava conta da não finalização dos passeios na referida estrada, já paga pelo Estado angolano. Antes da retomada das obras, a nossa reportagem havia contactado a direcção da Mota-Engil que admitiu não ser sua responsabilidade falar sobre o assunto. Para a construtora, o Instituto de Estradas de Angola (INEA), na qualidade de dona da obra, era a entidade que devia pronunciar-se das razões da paralisação.

Desde o início desta sema-na, homens e máquinas da construtora Mota- Engil voltaram ao local para terminar o trabalho, que custou aos cofres do Estado angolano um total de 178.014.975,18 euros, montante que incluiu a instalação de micro e macro- drenagem naquela via estruturante de Luanda.Após a abertura da estrada, em 2017, observou-se, para espanto da população, a falta de sequência do passeio de betão entre a Loja de Registo Civil da Camama, passando pelas instalações das administrações dos distritos da Cidade Universitária e Ca-mama, município do Talatona, até ao Comité de Acção do MPLA.

Era notável a não conclusão das obras, que dificultava a normal locomoção dos pedestres. Os moradores das redondezas, os proprietários e funcionários dos estabelecimentos comerciais lamentaram, na altura, a atitude da construtora do troço, por não ter finalizado os trabalhos.Ontem, os comerciantes manifestaram já alguma satisfação com reinício das obras, uma vez que as prateleiras vão deixar de estar banhadas de pó. Entretanto, do outro lado da via, os passeios tinham sido concluídos.

Nos próximos dias, os passageiros vão deixar de ficar no areal à espera de transportes públicos. Entretanto, além do não acabamento do passeio, a referida estrada tem um nú-mero insuficiente de pedonais e passadeiras, em toda a sua extensão de cerca de dez quilómetros, causando insegurança aos peões.

Em todo aquele percurso, observa-se, apenas, quatro pedonais e, somente, três passadeiras, o que corresponde a uma pedonal em cada 2,5 quilómetros e uma passadeira em cada 3,3 quilómetros.A via foi concebida com separadores centrais de betão em alguns pontos e barreiras de ferro em outros, cuja altura não é inferior a 80 centímetros. Naqueles espaços sem uma pedonal, os peões saltam a barreira e, de seguida, põem-se a correr para atravessar a estrada.

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