Opinião

Okonjo-Iweala e a Organização Mundial do Comércio

O facto não passou despercebido e foi motivo de muitas matérias noticiosas em todo o mundo. Pela primeira vez, uma mulher (africana) vai assumir a direcção da Organização Mundial do Comércio (OMC).

22/02/2021  Última atualização 07H40
"Um momento histórico". Foi com estas palavras que a presidente da Comissão da União Europeia, Ursula Von der Leyen, reagiu à nomeação da nigeriana Okonjo-Iweala para directora-geral da Organização Mundial do Comércio.
Uma reacção que não surpreende, se tivermos em conta o facto de ela, Ursula Von der Leyen, ser a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Comissão da União Europeia.

 África está naturalmente orgulhosa do facto de uma mulher africana estar à frente de uma das mais importantes instituições internacionais reguladoras do comércio mundial . Acredita-se que Okonjo-Iweala, que trabalhou durante mais de uma década no Banco Mundial, foi duas vezes ministra das Finanças do seu país e estudou em duas prestigiadas instituições de ensino superior dos Estados Unidos (o MIT e a Universidade de Harvard) tem competências para gerir uma organização em que há conflitos entre paises, muitas vezes de grande complexidade.

Vivemos num mundo globalizado, com uma aceleração da mobilidade de pessoas e bens de diversa natureza, mas há diversos interesses nacionais de que muitos países não abrem mão, resultando daí problemas ao nível das relações comerciais.
 Okonjo-Iweala, ao aceitar o desafio de dirigir uma organização internacional como a OMC, tem consciência de que não terá tarefa fácil no exercício da sua função. Mas ela tem o conhecimento das dinâmicas do mundo actual ao nível do comércio mundial, e está certamente preparada para enfrentar, por exemplo, os problemas decorrentes de práticas desleais que possam pôr em causa as relações comerciais entre os países .

 A directora-geral da OMC sabe que não terá tarefa fácil no seu mandato, num mundo em que os países ricos tendem a ditar as suas regras. Sendo conhecedora dos problemas dos países pobres e da posição destes nas relações comerciais, ela terá de lutar contra situações de desequilíbrio, com vista a construir um mundo mais justo ao nível do comércio mundial.
Os angolanos desejam que Okonjo Iweala tenha êxitos na sua árdua tarefa de construir um mundo com menos conflitos no domínio do comércio mundial. Temos a certeza de que, com a sua experiência e com o seu conhecimento, ela ajudará, durante o seu mandato, a termos um mundo melhor.

O comércio internacional desempenha um papel importante na vida dos povos. O comércio mundial é uma das questões centrais das relações internacionais, pelas suas repercussões na economia do Globo.
Orgulharmo-nos hoje da nomeação de Okonjo-Iweala para directora-geral da OMC. Queremos sentir-nos novamente orgulhosos do seu trabalho no final do seu mandato.

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