Política

Ombala Yo Mungo passa a ter acesso à água potável

O novo sistema de abastecimento de água potável da comuna de Ombala Yo Mungo, município de Om-baja, no Cunene, é inaugurado hoje pelo ministro da Energia e Águas João Baptista Borges.

29/03/2021  Última atualização 09H04
Várias obras estruturantes estão em curso na província do Cunene para conter os efeitos da seca © Fotografia por: DR
Segundo uma nota de imprensa do Ministério da Energia e Águas, o sistema que vai abastecer Ombala Yo Mungo é de captação sub-
terrânea por via de furos verticais. Tem uma estação elevatória e um reservatório de água tratada por dessalinização com capacidade de 244 m3.

A nota esclarece que a tecnologia de dessalinização utilizada é por "Osmorse Reverse", processo de separação de todos os sais através da passagem da água à alta pressão por membranas se-mipermeáveis especiais, que permitem que apenas moléculas de água passem por este, rejeitando  as moléculas de sal.

O sistema possui, de igual modo, hidropressoras, painéis fotovoltaicos, rede adutora, rede de distribuição e bebedouros para animais com válvulas automáticas de enchimento, fontenários e lavandarias, torneiras públicas, alimentadas por fontes de energia solar, contendo 276 painéis solares instalados.

A 4 de Maio de 2019, o Presidente da República, João Lourenço, na sequência da visita a este município, constatou as dificuldades da população no tocante ao abastecimento de água potável, tendo deixado orientações no sentido de se intervir rapidamente para se assegurar o abastecimento de água àquele aglomerado populacional, incluindo o abeberamento do gado.

Combate à seca
Na mesma província estão em curso várias obras estruturantes inscritas no Programa de Combate à Seca.
Destaca-se o Projecto de Transferência de Água a partir da Secção do Cafu do rio Cunene, para as localidades de Cuamato, de Ndombondola e de Namacunde, cujo lote 1 prevê a implementação do Projecto de Construção de Captação no rio Cunene, sistema de bombagem, conduta pressurizada, numa extensão aproximada de 10 quilómetros, canal aberto a partir de Cafu até Cuamato, numa extensão de 47 quilómetros e 10 chimpacas.

O lote 2 inclui o  Projecto e Construção de um canal adutor a partir de Cuamato até Ndombondola, numa extensão de 56,2 quilómetros e um canal adutor a partir de Cuamato até Namacunde, numa extensão de 54,5 quilómetros e 20 chimpacas.
Quanto à captação, segundo a nota, na fase inicial a água será retirada do rio Cunene, cerca  de dois metros cúbicos por segundo de caudal, podendo atingir os seis metros cúbicos por segundo quando as condições hidrológicas permitirem.

O projecto está avaliado em 135.748.374,7 de dólares, sendo 65.701.274,85 de dólares para os lotes  1 e 2 70.047.009,87 para os demais componentes. A obra está a ser executada pela Sinohydro Corporation Limitada – Sucursal em Angola.
O contrato de empreitada, assinado a 2 de Outubro de 2019, tem como fiscais  o  Consórcio GWIC Angola / SINTEC, a TRIEDE Angola e deverá ser executada num período de 18 meses.
Até Março de 2021, foram cumpridos os seguintes procedimentos: no lote 1 a execução física é de 23,59 por cento, a execução financeira corresponde a 29 por cento; no lote 2 a execução física é de 23,59 por cento e a execução financeira de 28 por cento.

Em 2018 e 2019, a seca no Cunene afectou 857. 443 pessoas e 907.572 cabeças de gado. No mesmo período morreram 26.267 animais, entre gado bovino, caprino e suíno.

Central térmica de Ondjiva
O ministro da Energia e Águas vai, igualmente, constatar o nível de execução do projecto de construção da central térmica de Ondjiva, cujo arranque ocorreu em Maio de 2013. O projecto contempla a instalação de três grupos geradores, cada com 3,4 MW, totalizando 10,2 MW, dos quais actualmente somente um grupo gerador (3,4 MW), está disponível.
A central dispõe de ca-pacidade de armazenagem de combustível de 825 m3, o que oferece uma autonomia de cerca de 14 dias, considerando toda potência instalada.

João Baptista Borges vai, igualmente, avaliar a rede de 41 quilómetros que prevê a reabilitação de elementos do sistema existente (caixas da conduta adutora), reabilitação de 21 chafarizes, reabilitação da captação existente com uma capacidade de 55m3/h.
As obras complementares previstas na primeira fase, cujo contrato prevê a construção de um reservatório elevado com uma capacidade de 490m3 em Ondjiva, reforço das redes de distribuição nos bairros de  Ondjiva, Xangongo e Cahama e  2740 ligações domiciliares serão igualmente visitadas pelo ministro.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Política