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OMS quer reduzir o consumo mundial de sal

Grande parte da população mundial consome o dobro dos cinco gramas de sal por dia recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que agora lançou uma iniciativa para reduzir o uso de sódio em alimentos globais, especialmente os processados.

05/05/2021  Última atualização 14H05
Esta iniciativa consiste na publicação de uma lista das quantidades de sódio © Fotografia por: DR

Esta iniciativa consiste na publicação de uma lista das quantidades de sódio (elemento que consumimos principalmente através do sal) recomendado em 18 tipos de alimentos, incluindo queijos, molhos, batatas fritas e muitos outros.

A OMS recorda no início da campanha que o alto consumo de sal aumenta o risco de doenças cardíacas que anualmente provocam a morte a três milhões de pessoas no planeta, pelo que a redução do sódio é uma forma de melhorar a dieta e salvar vidas.

"A maioria das pessoas não sabe quanto sódio consome nem o risco que isso acarreta. Precisamos que os países estabeleçam políticas para reduzir o uso de sal e informem a sociedade para que tomem decisões correctas na hora de comer", frisou neste Director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O líder da OMS indicou ainda que a indústria de alimentos e bebidas "deve reduzir os seus níveis de sódio nos alimentos processados", servindo a nova lista de recomendações da OMS como um ponto de partida.

A lista, que também tenta harmonizar as práticas muito diversas que existem em diferentes países, indica, por exemplo, que as batatas fritas não devem ultrapassar 500 miligramas de sódio por 100 gramas, quantidade que cairia para 100 miligramas no caso dos cereais.

Para as carnes enlatadas, propõe 225 miligramas por 100 gramas, 450 miligramas para pizzas, 600 miligramas para pretzels ou 400 miligramas para manteiga, entre outros exemplos.

Com a lista, a OMS procura aproximar-se das suas metas de redução do consumo global de sal e sódio em cerca de 30 por cento até 2025.

A organização sediada em Genebra lembra que países como o Reino Unido já estão a trabalhar nessa direcção, tendo as autoridades britânicas pedido à indústria de alimentos uma reformulação voluntária dos seus produtos para reduzir o consumo de sal em 15 por cento entre 2003 e 2011.

 

 

 

 

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