Coronavírus

ONG lançam alerta para o risco do aumento da fome

Diversas organizações britânicas especializadas em ajuda internacional alertaram, ontem, para o risco do aumento da fome e de crise humanitária em alguns países frágeis, como o Iémen, devido à pandemia da Covid-19.

02/03/2021  Última atualização 08H40
© Fotografia por: DR
Certas partes do Iémen e do Sudão do Sul já estão à beira da fome, que também ameaça o Afeganistão e a República Democrática do Congo (RDC), disse o Comité de Emergência de Desastres (DEC, sigla em inglês) no seu último relatório, que reúne 14 associações britânicas, incluindo a Cruz Vermelha britânica, a Oxfam e a Save the Childen.
"Pessoas que vivem em lugares perigosos devido a conflitos, violência e desastres climáticos estão a enfrentar a pandemia do novo coronavírus da melhor maneira que podem, mas o destino está contra eles", disse Saleh Saeed, presidente-executivo do DEC, durante uma conferência de imprensa virtual das Nações Unidas dedicada ao Iémen.

"As repercussões da pandemia prejudicaram as economias, tornando as pessoas mais pobres do mundo ainda mais pobres”, acrescentou.  
"Sem um suporte contínuo, muitas vidas serão perdidas, não apenas por causa da Covid-19 em si, mas também por causa do impacto económico do vírus", declarou Saeed.

No total, a ONU pediu, durante esta conferência virtual patrocinada pela Suíça, 3,85 biliões de dólares  para combater a fome no Iémen.
Em Novembro, o Governo britânico declarou que iria reduzir o seu orçamento para a ajuda internacional em cerca de quatro mil milhões de libras (4,6 mil milhões de euros), provocando a ira das associações humanitárias.
Reduzir a ajuda internacional ao Iémen levará a um "processo contínuo, lento, doloroso e indecente que fará milhões de pessoas morrer à fome", denunciou hoje o ex-ministro do Desenvolvimento Internacional, Andrew Mitchell, à televisão britânica BBC.

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