Sociedade

Órgãos de Defesa e Segurança anunciam reforço da fiscalização na província do Zaire

Jaquelino Figueiredo | Mbanza Kongo

Jornalista

O incumprimento das medidas de biossegurança por parte dos cidadãos, que se verifica em toda a extensão do Zaire, vai levar os órgãos de Defesa e Segurança a reforçar a fiscalização aos prevaricadores, com vista a conter a propagação do novo coronavírus na província, anunciou o comandante provincial da Polícia Nacional.

23/01/2021  Última atualização 13H55
© Fotografia por: DR
O comissário Manuel Gonçalves "Nelito” afirmou que a mudança de táctica na actuação das forças de Defesa e Segurança visa pressionar os cidadãos a retomar o cumprimento rigoroso das medidas de biossegurança, por causa da nova estirpe da Covid-19, descoberta em Dezembro último."Estamos nesse momento a criar outras condições para podermos voltar a fazer outra pressão aos cidadãos incumpridores, porque vem aí uma nova estirpe, então temos que voltar a fazer essa pressão para redobrar as medidas de biossegurança”, disse.

Manuel Gonçalves "Nelito”, também delegado provincial do Interior no Zaire, reconheceu não ter havido abrandamento na fiscalização do cumprimento das medidas contidas no Decreto Presidencial que estabelece a Situação de Calamidade Pública. Outrossim, referiu, os órgãos de Defesa e Segurança vêm fazendo acções de sensibilização e pedagógicas, para levar ao conhecimento da sociedade de que a prevenção constitui um acto individual e também colectivo."Não é que tenha havido um abrandamento, o que houve é que priorizamos mais a sensibilização e os aspectos pedagógicos, porque fomos vendo que as medidas de biossegurança são colectivas e são também individuais”, explicou.As medidas coercivas, considerou Manuel Gonçalves "Nelito”, criavam um ambiente menos favorável para a prevenção da pandemia.

"Achamos que as medidas coercivas, ou as medidas que fomos tomando, estavam a criar um ambiente que não era muito favorável para prevenirmos a pandemia, mas não quer com isso dizer que houve um afrouxamento na fiscalização. Houve sim, um outro modelo que estamos a implementar para que a população reconheça que a Covid-19 existe e põe em causa a vida de todos”, disse.O comissário Manuel Gonçalves disse também que a fiscalização do cumprimento das medidas de biossegurança não compete apenas às forças policiais e deve envolver toda a sociedade.

"A sociedade tem de envolver-se de todas as formas para conter os índices de propagação da Covid-19. O que ocorre é que todos estamos focados apenas para a Polícia e outros órgãos de Defesa e Segurança. A sociedade civil, os outros organismos, a comunidade e a imprensa devem sensibilizar os cidadãos para acatar o uso da máscara facial, observância do distanciamento, recolhimento e outras medidas que o Decreto Presidencial estabelece para conter a propagação do vírus”, apelou.

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