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Pacientes estão sem tratamento por ausência de remédios

Os pacientes com insuficiência renal crónica, em tratamento de hemodiálise, no centro especializado do Hospital Geral do Huambo, manifestaram-se ressentidos pela falta de medicação regular de cálcio, ferro e de outros medicamentos durante as sessões.

13/05/2021  Última atualização 13H00
Leonardo Chipenda, um dos pacientes que, há um ano, faz hemodiálise de duas a três vezes por semana, dependendo das condições, afirmou que a falta de assistência tem vindo a debilitar o estado de saúde de muitos doentes e colocando em risco a qualidade de vida dos mesmos.
Em resposta, o director do Hospital Geral do Huambo, Hamilton Tavares, avançou que a falta de meios no centro deve-se à baixa produtividade das estruturas farmacêuticas, tendo em conta as dificuldades da aquisição de medicamentos impostas pela pandemia da Covid-19.

Disse que o centro debate-se, também, com problemas de manutenção dos equipamentos de tomografia, monitorização, triagem, monitores cardíacos, de limitações em medicamentos anti-ácidos e anestésicos, bem como tem insuficiência de barqueiros e de vigilantes.
Hamilton Tavares garantiu estar a trabalhar com o Ministério da Saúde, em conjunto com a homóloga das Finanças, para se ultrapassar esta situação. Porém, frisou, serem elevadas as quantidades de cateter nas linhas usadas nos rins, para purificar o sangue, em que o mercado se revela incapaz de atender às solicitações.
"Esperamos que os pa-cientes continuem a fazer, normalmente, o seu processo de diálise. Não se deve preocupar com esta situação, pois, tudo está a ser feito para se resolver este impasse”, garantiu o director.

Avançou que o centro de hemodiálise está a trabalhar para melhorar o atendimento aos mais de 200 doentes com insuficiência renal. Esses doentes, além dos locais, são provenientes do Cuanza-Sul, Bié, Benguela, Cuando Cubango e Luanda, sendo que mais de 50 desses sofrem de outras doenças, como hepatite B e HIV/Sida.
Hamilton Tavares referiu que o centro está constituído com 21 máquinas funcionais, divididas em secções, sendo que a maior parte serve para tratamento de hemodiálise em pessoas que não têm doenças associadas às renais, sejam crónicas ou agudas.
Os trabalhos do centro de hemodiálises são assegurados por 127 médicos, entre nacionais e estrangeiros, e 350 enfermeiros, número considerado insuficiente para responder à demanda.

Tatiana Marta | Huambo

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